Mais de 30 anos a embalar corações e pistas de dança. Um legado que reinventou a kizomba.
Nas celebrações oficiais dos 50 anos da Independência de Angola, o icónico grupo N’Sex Love foi condecorado como uma das mais marcantes referências da história musical do país. A distinção reconhece uma verdadeira revolução cultural, que teve origem nos bairros de Luanda e se espalhou por todos os PALOP, ao som de vozes intensas, harmonias elegantes e ritmos que uniam emoção e movimento.
Com talentos como Henda Pitra, o carisma de Bigú Ferreira, a alma de Walter Ananaz e os arranjos mágicos de Yuri Lengue, João Paulo e Ngunza José, os N’Sex Love criaram uma kizomba mais dançante, moderna e profundamente angolana, deixando uma marca inapagável na música nacional.
Na década de 90, temas como “Timidez” e “Soly” tornaram-se verdadeiros hinos de uma juventude em descoberta. Mais do que sucesso, os N’Sex Love criaram identidade: mostraram que era possível cantar o amor com elegância, produzir com qualidade e fazer música moderna com projeção internacional, sem perder a alma angolana.
Hoje, a kizomba que ouvimos, sentimos e dançamos, carrega a assinatura pioneira dos N’Sex Love — uma fusão entre romantismo e swing que inspirou e continua a inspirar gerações de músicos e dançarinos.
Durante a cerimónia oficial, o grupo foi representado por Walter Ananaz, que recebeu a condecoração em nome da banda. O acto celebrou uma história de beleza, talento e sensibilidade musical, provando que os N’Sex Love não foram apenas uma banda, mas um fenómeno que transformou sentimento em arte e o levou ao mundo com alma angolana.