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    Resenha crítica dos Angola Music Awards 2017

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    Por: Sued de Oliveira

    Revisão: Canga Tomás

    A noite do sábado passado, dia 17, foi de muito glamour, vestidos de grife, rostos famosos, até porque se tratou dos Angola Music Awards, e hoje o Platinaline faz uma análise resumida dos pontos negativos da quinta edição da maior premiação de música realizada em Angola, evento que valoriza o trabalho dos artistas angolanos, uma mais valia para todos, mas que ainda padece de melhorias óbvias.

    Pontualidade

    A questão dos atrasos em Angola é quase cultural, mas a organização dos AMA exagerou. A gala teve o seu início perto das 22 horas, quando a previsão de início era 20 horas, e isso resultou num evento que se prolongou pela madrugada, tendo ocupado pelo menos um terço do dia seguinte.

    Parte Técnica e Logística

    A realização de eventos com a dimensão dos AMA requer sempre um processo logístico complicado, porque, quando se juntam muitas pessoas num evento desta magnitude, há que assegurar toda a infraestrutura necessária para satisfazer as suas exigências, bem como coordenar o programa proposto que, afinal, é o motivo que junta todas os presentes.

    O que dizer da estrutura oferecida pelo evento, da qualidade técnica e do conforto dos convidados? Evidentemente deixou muito a desejar, pois, além de um palco limitado semelhante às edições passadas que não sugeria ʽalgum espectáculoʼ, o cenário interior foi pobre, sem deslumbre, sem elementos que entretivessem os olhos de quem esteve sentado a assistir. Os ingressos foram comercializados no valor de 15 mil Kwanzas para a área vip e 5 mil Kwanzas para a normal, mas, ainda assim, o desconforto ficou patente, houve uma péssimo cálculo do espaço, porque os lugares eram insuficientes e, ao longo do evento, várias cadeiras iam sendo postas e várias pessoas, que pagaram para a zona Vip, tiveram de se contentar com as bancadas.

    Houve demasiadas oscilações na qualidade técnica do material de som, Lil Saint foi um dos vitimados, porque, apesar de não ter a voz na sua melhor forma, o microfone não ofereceu suporte suficiente e o erro reiterou-se na performance de Mc Cabinda, que, se não tivesse o apoio de Extremo Signo em palco, não se teria imposto de forma tão eficaz, e o som era reduzido à medida em que o rapper actuava.

    Apresentadores

    Sobre os mestres de cerimónia, não há muito a dizer. Estiveram bem em quase todos os aspectos, incluindo os looks, porém tinham tudo para brindar os telespectadores e os presentes na sala com uma performance de qualidade irrefutável. A primeira menção negativa baseia-se no facto de estarem parados na tribuna a falar para o público durante o evento inteiro, seria agradável vê-los em movimento pelo palco, pois uma gala não precisa parecer o chá da corte britânica, e isso também adicionaria um diferencial memorável, que, ao culminar com os momentos de humor criados pela Patrícia Pacheco, seria sucesso garantido.

    Premiações

    Este é um contexto sensível e que deve ser tratado com todo o cuidado e cautela. Será sensato deixar de parte casos específicos para não ferir sensibilidades, mas não muda o facto de ter havido alguma insatisfação na questão da premiação dos artistas, que, aos poucos, vão manifestando o seu descontentamento, um dos quais é o kudurista Bebo Clone, que, nas primeiras horas, do dia seguinte, escreveu: Estou muito triste e decepcionado com a premiação da categoria Kuduro do Ano. Esperava tudo menos isso! Mas sem makas, isso só me dá mais vontade de trabalhar e melhorar mais e mais! O mais prazeroso é conseguir arrebatar um prémio com trabalho e não com amigismo. Valorizem mais o kuduro!”.

    Péssimo Tratamento à Imprensa e Parceiros

    Sem parceiros, imprensa e apoios, quase nenhum evento se dá a conhecer ao público. Não há interesse se a imprensa não criar factos e não há o que comentar no dia seguinte se a imprensa não fizer a sua parte e uma organização experiente, como a dos AMA, devia ter isso em nota, porque se esqueceu dos parceiros e, de modo geral, os profissionais foram impedidos de fazer o seu trabalho, ninguém teve a vista privilegiada além da ZAP, emissora que, com exclusividade, fez a cobertura do evento, impedindo o trabalho dos outros órgãos presentes, facto que levou vários profissionais de comunicação a abandonarem a Arena do Kilamba.

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