Por: Hélio Cristóvão
Faleceu na madrugada deste domingo, a conhecida terapeuta de casais Cárita Caledónio, vítima de Tromboembolismo Pulmunar. A notícia apanhou a todos de surpresa e desestabilizou a todos que de alguma forma acompanharam o seu trabalho.
Certamente que, para muitos leitores, a doença é desconhecida, razão pelo qual o PLATINALINE solicitou o médico Renato Palma para elucidar a todos sobre o Tromboembolismo Pulmonar, suas causas, consequências, tratamento e prevenção.
A embolia pulmonar, também chamada embolismo pulmonar, ou tromboembolismo pulmonar (TEP), é um quadro grave que ocorre quando um trombo (coágulo) localizado em uma das veias das pernas ou da pelve se solta, viaja pelo organismo e se aloja em uma das artérias do pulmão, obstruindo o fluxo de sangue, podendo até provocar um quadro de morte súbita.
De acordo com o profissional de saúde, a doença acomete fundamentalmente os vasos sanguíneos, neste caso, o sangue tem a capacidade de se manter líquido enquanto estiver dentro do vaso sanguíneo e depois sólido quando se produz uma ferida, sendo que a parte sólida é o chamado coágulo.
“O Tromboembolismo está muitas vezes relacionado a posições permanentes de pessoas, ou seja, ficar muito tempo em pé ou sentado no decurso de uma grande cirurgia. Pacientes que usam contaceptivos orais, que passam por cirurgias, doenças pulmonares, ou seja, tudo isso são factores associados a pacientes que podem ter trombo, também associado ao sedentarismo ou a falta de exercícios físicos”, explicou.
Causas
Sobre os mecanismos fisiopatológicos, o doutor destacou a obesidade, idade avançada (acima dos 40 anos), uso de contraceptivos, câncer, tabagismo e outros factores que podem originar a doença.
Quanto a prevenção, Renato Palma destaca as prevenções primárias e secundárias. “A prevenção fundamental primária é a prática de exercícios físicos, alimentação adequada, roupas pouco apertadas e outros. A utilização de alimentos e substâncias que diminuem a possibilidade de que se formem os trombos a nível das artérias, ou seja, comer alimentos com bastante alho, cebola e beber chás verdes, fazem parte da prevenção secundária.”
O doutor sublinhou que a doença em Angola é frequente mas relatou dificuldades no diagnóstico.