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    Sexo: sentidos Proibidos

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    Dizem que não se escolhe a família mas é mentira – e posso prová-lo. D conheceu J através de uma amiga e duas semanas depois de assistirem a um filme alternativo no cinema King, estavam a dormir juntos. A relação durou uns bons quatro meses, ao fim dos quais o sexo esmoreceu e a sujidade de relações anteriores começou a vir ao de cima, qual saco de plástico a boiar no Pacífico. Nessa altura, D conheceu N, irmão de J – através da mesma amiga – e uma noite, após animado serão patrocinado pela Moskovskaya (marca de vodka que estava na moda), barricou-se com ele na casa de banho e fizeram sexo em pelo menos quatro posições. Obviamente que D não foi capaz de evitar as comparações entre ambos. Começando pelo clássico tamanho da pilinha, e acabando na habilidade para escrever poemas, mania que ambos partilhavam.

    Se a história já era constrangedora – porque os dois irmãos viviam juntos e, apesar de passarem pouco tempo em casa, aconteceu cruzarem-se os três na sala em roupa interior – imagine-se quando D e N se cansaram um do outro e a irmã mais nova de D, L, começou a sair com N!

    D, que se tinha queixado inúmeras vezes do fraco desempenho do rapaz – consta que a coisa melhor que fazia com as mãos era escrever e os seus poemas eram pouco mais do que sofríveis –, começou a ficar irritada com o relato constante de noites escaldantes. Resultado. Zangou-se com a irmã.
    A competição sexual no seio das famílias é tão velha como o mundo. As monarquias estão cheias destas histórias de alcova, que na maioria das vezes serviam mais para satisfazer os propósitos da sucessão do que os prazeres da carne.
    Henrique VIII explorou bem a consanguinidade na sua relação com as duas Bolenas, Maria e Ana, esta última transformada em sua segunda esposa, mas que acabou executada por alegadamente tê-lo traído com… o próprio irmão.
    Outro fetichista do amor fraternal é o realizador Woody Allen, que aborda a temática em mais de um filme. Nas Faces de Harry, por exemplo, Harry Block, um escritor de meia-idade e pouca imaginação, enfrenta a fúria da ex-mulher ao descrever de forma exaustiva uma cena de sexo na cozinha.
    A recriação é de tal forma perfeita que às primeiras linhas ela percebe que foi traída pelo marido e pela irmã, que eles fizeram “aquilo” em cima da sua bancada, e que a mulher cega que os surpreendeu em pleno acto é a sua avozinha. O realizador de Hanna e as suas Irmãs é tão bom a estabelecer ligações perigosas como os seus heróis a debitar paranóias no sofá do psicanalista. O romance com a sul-coreana que passou de enteada a legítima esposa diz tudo.
    Claro que a revolução sexual trouxe outros constrangimentos. Agora, já não é só o namorado da amiga que se deve evitar; o namorado do amigo também. E o chefe, e o colega do lado, até mesmo o sogro, que antes chegava aos 60 anos podre e agora se apresenta com a sabedoria dos ‘entas’, o charme dos cabelos grisalhos e, se a coisa falhar, uma embalagem de Viagra no bolso.
    Por tudo isto, as mulheres reclamam uma nova cartilha do sexo civilizado. Um guia do que se pode e não se pode fazer na cama, sem pisar a vizinha, a irmã e a amiga. Antes de mais, é preciso identificar os sentidos proibidos. São cinco. Evite-os.

    Sogros(as), genros e noras
    É melhor não. A não ser que seja o Woody Allen ou a Carla Bruni, que por motivos distintos – ela por ser gira, ele por ser genial – conseguiram sobreviver à condenação pública quando trocaram os parceiros pelos… filhos deles. No caso do realizador americano, a rapariga em questão, filha adoptiva da actriz Mia Farrow, então mulher de Woody Allen, continua a aturar-lhe as crises existenciais ao fim de 18 anos de vida em comum e de duas crianças adoptivas (quero ver como estas vão acabar).

    Já a nova Madame Sarkozi, começou por ser namorada do intelectual Jean-Paul Enthoven, para acabar mulher do seu filho, Raphael Enthoven, que entretanto era casado com a filha do famoso filósofo Bernard Henry-Lévy. Tanta erudição não impediu o quadrilátero de ir parar à imprensa cor-de-rosa, sobretudo quando o pai traído e a mulher abandonada resolveram retratar Carla Bruni como a bruxa má e perversa, em dois livros que, tal como os romances de Harry Block, tinham mais semelhanças com a realidade do que duas gémeas uma com a outra.
    Alheios à escandaleira, Carla e Raphael fizeram um filho e permaneceram juntos seis anos. O resto, já se sabe.

    Namorados(as) ou maridos de amigas(os)
    Muito tentador mas demasiado arriscado. Pense bem: quando o sexo arrefecer e os temas de conversa se esgotarem, com quem pensa que vai sair para tomar chá? Pior do que isso: os homens odeiam ir às compras.

    É verdade que é um clássico, mas se antes valia a pena estragar uma amizade de anos em nome de um amor para a vida inteira, hoje é difícil fazer contas tão definitivas. Um em cada dois casamentos realizados em Portugal desde 2005 acabaram em divórcio em 2008, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Sendo assim, mais vale refrear a atracçãozinha e ir pedir colo a outra freguesia. A não ser que decida alinhar numa espécie de swing pré-histórico, tal como o fizeram R, MJ, F e A.
    R e MJ eram casados e os melhores amigos de F e A. Faziam férias juntos, passavam os Natais juntos, e à medida que as crianças foram nascendo, foram-se apadrinhando mutuamente. Até ao dia em que MJ e F foram tomar um café sozinhos à pastelaria da Dona Alice, e quando deram conta estavam a gastar o subsídio de férias em quartos do hotel Ibis. Foi um escândalo quando R e A souberam de tudo. Insultos, ódios de morte, divórcios. Depois, um belo dia, R e A resolveram unir-se na vingança. Estão juntos e têm um filho em comum.
    Chefes e estagiários
    Há 20 anos as mulheres evitavam os chefes – hoje não se importam de os degustar à sobremesa. Não é difícil explicar a mudança de mentalidades: as pessoas trabalham cada vez mais horas; chegam à liderança cada vez mais cedo; e têm cada vez menos tempo, e disponibilidade, para estabelecer relações fora do escritório.
    O velho clássico patrão e secretária passou a ter paralelo em diversos sectores profissionais. Prova disso é a maré de livros que chega regularmente ao mercado com dicas para gerir relações sexuais no escritório e conselhos para evitar armadilhas em viagens… de negócios.
    Um estudo recente da edição brasileira da Playboy, feito com 10 mil homens e mulheres, revelou que elas tendem a envolver-se mais do que eles nestas relações. E preferem os estagiários: dois terços das que confessaram ter feito sexo no local de trabalho escolheram um estagiário para parceiro. E 46% envolveu-se com o chefe.
    Uma outra pesquisa, da sexóloga americana Shere Hite, autora do livro Sexo e Negócios, feita com 790 americanos e europeus, revelou que sete em cada dez homens, e seis em cada dez mulheres, já tiveram um caso com um colega de trabalho. Mas aqui, é mais fácil. Não só porque as empresas adoptaram políticas mais brandas para com este tipo de relações, mas também porque os efeitos colaterais são menores para o próprio par. Se a relação correr mal com o chefe, a pessoa perde o amante e pode perder o emprego; se for com o colega, só tem de respirar fundo e ter paciência. 

    Vizinhos
    H e P passeavam o cão à mesma hora. Ela tinha um Labrador, ele um Fox Terrier. Começaram por limitar-se a seguir o namorico dos seus animais de estimação e acabaram a jantar num restaurante chique no topo do Parque Eduardo VII. Tinham imensas coisas em comum: ambos gostavam de jazz, de cinema francês e de… sexo. Mas enquanto ela era divorciada, ele estava casado e tinha uma filha de 18 meses.

    Os encontros decorriam quase sempre na casa dela, que ficava dois prédios acima da casa dele. Enquanto eles experimentavam o kamasutra na sala, na cozinha e no quarto – e não passaram a outras divisões porque ela vivia num T1 –, os cães ficavam a rosnar na marquise. Digno de um filme.
    Mas ao fim de algumas semanas ela fartou-se das entradas dele à 007, e das desculpas para acabar com “um casamento terrível que só se mantinha por causa do bebé” – as desculpas nunca variam muito… –, e mandou-o embora.
    Resultado: ficou uns bons meses a sofrer sozinha, enquanto ele desfilava, feliz, nas barbas dela, com a filha ao colo e a mulher pelo braço. Pior: quando finalmente ela arranjou um namorado, ele teve a ousadia de lhe telefonar a pedir justificações. 

    Ex-namorados e ex-maridos
    Conhece aquela frase “não se deve regressar a um lugar onde se foi feliz”? É ideal para estas situações. E se não se foi feliz, pior ainda. Só volta para a cama do ex-amante sensaborão quem for muito masoquista.

    Claro que é possível ele ter aprendido alguma coisa pelo caminho. Mas prepare-se. Depois da chama baixar, vão voltar os problemas do costume: a falta de iniciativa; o desconhecimento total do aparelho genital feminino; a roupa interior com ursinhos, etc., etc., etc.
    Se o casal tiver filhos, não deve, de forma alguma, deixar as crianças perceberem o que se passa antes dos próprios saberem o que andam a fazer. É péssimo para a cabeça dos miúdos alimentarem expectativas sobre a reconciliação dos pais. O mesmo vale para as sogras – não aceitar convites para jantar nem perfumes antes da coisa pegar mesmo. Até porque tanta simpatia pode só querer dizer uma coisa: ela está farta de aturar o filho e quer despachá-lo. Nem que seja para a velha morada.
    Por Dulce Garcia da Revista Maxima 
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