Se a história já era constrangedora – porque os dois irmãos viviam juntos e, apesar de passarem pouco tempo em casa, aconteceu cruzarem-se os três na sala em roupa interior – imagine-se quando D e N se cansaram um do outro e a irmã mais nova de D, L, começou a sair com N!
Claro que a revolução sexual trouxe outros constrangimentos. Agora, já não é só o namorado da amiga que se deve evitar; o namorado do amigo também. E o chefe, e o colega do lado, até mesmo o sogro, que antes chegava aos 60 anos podre e agora se apresenta com a sabedoria dos ‘entas’, o charme dos cabelos grisalhos e, se a coisa falhar, uma embalagem de Viagra no bolso.
Sogros(as), genros e noras
É melhor não. A não ser que seja o Woody Allen ou a Carla Bruni, que por motivos distintos – ela por ser gira, ele por ser genial – conseguiram sobreviver à condenação pública quando trocaram os parceiros pelos… filhos deles. No caso do realizador americano, a rapariga em questão, filha adoptiva da actriz Mia Farrow, então mulher de Woody Allen, continua a aturar-lhe as crises existenciais ao fim de 18 anos de vida em comum e de duas crianças adoptivas (quero ver como estas vão acabar).
Namorados(as) ou maridos de amigas(os)
Muito tentador mas demasiado arriscado. Pense bem: quando o sexo arrefecer e os temas de conversa se esgotarem, com quem pensa que vai sair para tomar chá? Pior do que isso: os homens odeiam ir às compras.
Há 20 anos as mulheres evitavam os chefes – hoje não se importam de os degustar à sobremesa. Não é difícil explicar a mudança de mentalidades: as pessoas trabalham cada vez mais horas; chegam à liderança cada vez mais cedo; e têm cada vez menos tempo, e disponibilidade, para estabelecer relações fora do escritório.
Vizinhos
H e P passeavam o cão à mesma hora. Ela tinha um Labrador, ele um Fox Terrier. Começaram por limitar-se a seguir o namorico dos seus animais de estimação e acabaram a jantar num restaurante chique no topo do Parque Eduardo VII. Tinham imensas coisas em comum: ambos gostavam de jazz, de cinema francês e de… sexo. Mas enquanto ela era divorciada, ele estava casado e tinha uma filha de 18 meses.
Mas ao fim de algumas semanas ela fartou-se das entradas dele à 007, e das desculpas para acabar com “um casamento terrível que só se mantinha por causa do bebé” – as desculpas nunca variam muito… –, e mandou-o embora.
Ex-namorados e ex-maridos
Conhece aquela frase “não se deve regressar a um lugar onde se foi feliz”? É ideal para estas situações. E se não se foi feliz, pior ainda. Só volta para a cama do ex-amante sensaborão quem for muito masoquista.