O músico cabo-verdiano Tito Paris tem reservado três espectáculos para os dias 16, 17 e 18 deste mês e algumas salas da capital angolana, inseridos na iniciativa “Sons de Setembro”.
de acordo com a Conferencia de Impressa realizada esta semana pela Step , produtora dos shows, o cabo-verdiano será acompanhado instrumentalmente pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, que trará a Luanda 50 integrantes.
Os três shows contarão com as participações especiais de Paulo Flores, Yuri da Cunha, Matias Damásio, Leonel Almeida, Patrícia Faria, Sandra Horta e Rita Lobo.
Nascido em 1963, na cidade do Mindelo (ilha de São Vicente), no seio de uma família com muitos elementos dedicados à música, aprendeu os primeiros acordes na guitarra com a irmã e foi tocando com os irmãos e com um primo.
Como principais influências, Tito Paris cita músicos como o clarinetista Luís Morais e o pianista Chico Serra.
Aos dezanove anos fixou residência em Lisboa, após ter sido contratado por Bana, outro nome sonante da música de Cabo Verde, a integrar o seu agrupamento musical Voz de Cabo Verde, onde permaneceu durante quatro anos.
Lançou e produziu o seu primeiro álbum em 1987, intitulado “Fidjo Maguado”, um trabalho instrumental em que mostra o seu virtuosismo como guitarrista, após o que formou um grupo próprio.
Com este grupo gravou o álbum “Dança Ma Mi criola”, a que se seguiram “Graça de Tchega” (1996), dois trabalhos ao vivo – “Ao vivo no B.Leza” (1998) e “27/07/1990” (2001) – e, em 2002, o álbum “Guilhermina”.
Tito Paris, que toca regularmente às terças e quintas-feiras na Casa da Morna, em Lisboa (de que é um dos sócios), é um dos responsáveis pela divulgação da música cabo-verdiana pelo mundo, sendo uma figura de relevo da comunidade africana na capital.
A sua guitarra, ora melancólica ora frenética, a sua voz indolente e o swing com que embala o público fizeram de Tito Paris um dos ícones da moderna música luso-africana.
A música de Tito está profundamente enraizada na tradição musical cabo-verdiana mas respira outras sonoridades, venham elas de África, do outro lado do Atlântico ou do hemisfério Norte.
Os seus discos encontram-se à venda em todo o mundo, desde Nova Iorque até Paris, onde Tito Paris se apresenta em concerto com regularidade.