Angola começa a realizar transplante de órgãos a partir do primeiro trimestre do próximo ano, como anunciou a ministra da Saúde, no final da reunião Plenária de encerramento da 5ª Sessão Legislativa da IV Legislatura da Assembleia Nacional, realizada nesta segunda-feira em Luanda.
Sílvia Lutucuta destacou que, com base nos diplomas aprovados pelo Parlamento, o sector da Saúde vai começar a fazer os transplantes menos complexos, como o de rins e da medula óssea. O Instituto Hematológico Pediátrico, acrescentou, vai ser a principal referência neste género de intervenção cirúrgica. “Estamos a criar as condições técnicas e humanas para iniciarmos o projecto”, disse.
A ministra anunciou também o início dos tratamentos para a realização da fertilização “in vitro”. “Neste género de procedimento também vamos começar pelos menos complexos, para depois avançarmos com a fertilização ‘in vitro’. No primeiro trimestre do próximo ano vamos ter muitas inovações no sector da Saúde”, garantiu.
Para Sílvia Lutucuta, o sector da Saúde teve um balanço positivo no Parlamento, com a aprovação de leis importantes para a área. “Não foi só na Assembleia Nacional. Outros diplomas legais também foram aprovados pelo Conselho de Ministros, que representam um ganho, especialmente para o cumprimento do Plano Nacional de Desenvolvimento”, disse.
O sector da Saúde, adiantou, teve muitos ganhos nos últimos anos, em especial à área de Recursos Humanos, através da realização de vários concursos públicos, “cujo resultado foi o enquadramento de mais de 33 mil profissionais”.
A complementar o processo de admissão destes quadros, revelou, está em carteira uma acção de formação de técnicos especializados. “Tivemos ganhos significativos em infraestruturas, de todos os níveis, desde o terciário, ao secundário e primário, com infraestruturas erguidas, com verbas do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios”, destacou.