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    Uma reflexão sobre a advocacia da Huawei para o 5G em Angola

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    Se há 15 anos (2005) alguém dissesse que no nosso país poderíamos ter a INTERNET nos telefones e comunicar com vozes e dados enquanto nos movimentávamos de um lado para o outro, diríamos logo que essa pessoa “não batia bem da cuca”.

    Lembro que naquela altura, estávamos a habituar-nos aos telemóveis com agenda e o mais moderno que tínhamos eram mensagens sms de não mais de 5 linhas. A INTERNET ia, ainda, na segunda geração (2G) e só era acessível a computadores de mesa e portáteis por via de cabos.
    Mesmo há cerca de 10 anos, dificilmente imaginaríamos que hoje baixaríamos livros de centenas de páginas, filmes de horas, músicas e etc com rapidez e comodidade directamente para os nossos smartphones. Mais ainda se a isso se acrescentasse o facto de, com os avanços da telefonia celular a cobrir quase a totalidade das 164 sedes municipais do País, isso seria possível a partir da maior parte do território nacional. É que naquela altura estávamos na fase da terceira geração da INTERNET (3G) e, apesar de já existir o wireless-fidelity (também conhecido por wi-fi, o acesso à INTERNET sem fios) ainda era muito lenta. E muito cara também, só acessível a poucos, aqueles que tivessem mais possibilidades financeiras.
    Hoje já estamos na quarta geração (4G). A INTERNET é muito mais rápida e o acesso bem mais barato com a popularização dos telefones inteligentes (smartphones).

    Com as redes sociais, a comunicação democratizou-se quase totalmente entre a população alfabetizada, o que aumentou o nível da consciência cívica dos cidadãos através de um acesso sem precedentes à Informação e a Comunicação.
    O nosso país também “se transformou numa aldeia global onde as pessoas estão separadas pela distância de um click”, como disse o comunicólogo canadiano Marshall MacLuhan. Pessoas separadas por centenas e milhares de quilómetros se conectam e se comunicam instantaneamente através das redes sociais e criam bases de dados em tempo real. É o caso de um projecto de “plantação de um milhão de árvores” dos escuteiros; criaram uma base de dados que é actualizada cada vez que um deles planta uma árvore, estando às estatísticas disponíveis em tempo real. O telefone celular transformou de um meio de comunicação de voz de pessoa a pessoa para um meio de comunicação massiva de dados e voz para um número ilimitado de pessoas. Tornou possível o slogan universal da prevenção da Covid 19: Afastem-se e conectem-se…
    As pessoas poderiam com isso dar-se por satisfeitas, mas não; e é aqui que entra um processo de advocacia protagonizado pela gigante de telecomunicações Huawei e que cria na mente as mesmas dúvidas de há 10 anos em relação aos avanços tecnológicos de hoje: a quinta geração da INTERNET, a 5G ou, como também é conhecida, “A Quinta Revolução Industrial”.

    E o que traz a 5G diferente da 4G? A INTERNET 5G promete superar e muito as suas antecessoras. A sua proposta principal está atrelada com a internet das coisas, permitindo que automóveis, electrodomésticos e electroeletrónicos estejam ligados com essa nova rede e realizem as suas funções sem intervenção humana. Sendo a velocidade estimada da 5G de 10 a 20 vezes maior do que a de 4G, será possível a interacção com outros objectos de uma casa por exemplo. Enfim, uma espécie de casa fantasma. Portas que se abrem e se fecham sozinhas. Máquinas que fazem todo o trabalho sem intervenção de ninguém; lavam, estendem e passam roupa, lavam e arrumam a louça, fazem a limpeza toda, decidem o menu e preparam o almoço.

    Imaginem um campo agrícola onde todas as operações são feitas por máquinas sem ninguém lá dentro ou um helicóptero que vai sozinho reparar uma avaria num cabo de alta tensão ou um troço estragado de uma estrada ou linha férrea. Já agora, um arranha-céu construído inteiramente por máquinas, sem qualquer labor físico de qualquer ser humano. É isso a 5G, é isso a Quinta Revolução Industrial, e é isso que a Huawei com uma paciência digna dos chineses vem propondo a Angola e aos restantes países em desenvolvimento.

    Num previsível contexto de cepticismo, ela traz evidências. Já construiu aeroportos completamente automáticos, sistemas de reparação de avarias de cabos de alta tensão que não precisam de intervenção braçal humana em todo o processo, fazendas em que toda a produção, desde a preparação de terras à colheita e armazenamento é feita a partir de centros de comando servido por um pequeno número de operadores, o mesmo para minas, exploração de madeira, etc. Com a vantagem que, podendo trabalhar ininterruptamente, aumenta exponencialmente os níveis de produção. Num país como o nosso, muito vasto, pouca população e com uma enorme necessidade de diversificar a economia, alcançar a auto-suficiência em bens essenciais e atingir os patamares de desenvolvimento que os enormes recursos naturais lhe permitem sonhar, a solução proposta pela Huawei pode ser o atalho que o país precisa para chegar mais rápido e de forma sustentável esse desiderato.

    A Huawei vende a tecnologia, ganha como empresa, dirão uns, é, portanto parte interessada no processo. Ora bem! Para além de “não existir almoço grátis”, esse é claramente um negócio em que todos ganham. Ganha a Huawei, é claro, mas ganha o país no melhor lucro que pode almejar: o desenvolvimento.

    Osvaldo
    Osvaldo
    Editor da Platina Line
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