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    Trump ordena retirada dos embaixadores políticos nomeados por Obama “sem excepções”

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    O Presidente norte-americano eleito, Donald Trump, emitiu uma ordem “sem excepções” para que os embaixadores políticos nomeados pelo seu antecessor, Barack Obama, abandonassem os respectivos postos a 20 de Janeiro, dia da sua tomada de posse.

    A directiva foi revelada pelo diário The New York Times, que cita como fonte funcionários do Departamento de Estado norte-americano.

    A ordem deixará importantes delegações diplomáticas sem representação ao mais alto nível. Em finais de Dezembro, a Lusa avançou que o embaixador dos Estados Unidos em Portugal, Robert Sherman, iria deixar Lisboa a 20 de Janeiro, cumprindo assim uma norma estabelecida sempre que um novo governo norte-americano é eleito.

    “Ocasionalmente, uma exceção pode ser feita, mas a norma é que os embaixadores políticos partam, dando espaço para que o novo governo nomeie os seus embaixadores”, afirmou na altura à Lusa fonte da representação diplomática, precisando que todos os novos governos pedem aos embaixadores políticos, aqueles que não são diplomatas de carreira para saírem, como é caso da actual embaixadora dos Estados Unidos em Angola, Helena Meagher La Lime, nomeada pelo Presidente Obama em Setembro de 2013 e confirmada pelo Senado, tendo começado o seu mandato oficialmente a 15 de Maio de 2014.

    Nos Estados Unidos, é habitual que o Presidente designe embaixadores políticos, aqueles que são nomeados directamente e que, na maior parte dos casos, são doadores e amigos, um grupo que, de acordo com a ‘mídia’ norte-americana, deve representar cerca de 30% do número total dos representantes diplomáticos. De acordo com estas informações, ficaram isentos desta directiva os embaixadores de carreira que integram o corpo diplomático do Departamento de Estado norte-americano.

    Segundo o The New York Times, a ordem de Trump vem acabar com uma tradição mantida em anteriores transições de governos que permitia uma extensão do tempo em função das circunstâncias pessoais dos representantes, como o ano escolar dos filhos dos embaixadores.

    Assim, e uma vez que as designações para liderar embaixadas dos Estados Unidos têm de ser confirmadas pelo Senado (câmara alta do Congresso) e implicam algum tempo, o futuro governo norte-americano irá ficar sem representantes de alto nível em algumas delegações diplomáticas de grande importância, como França, Japão ou Israel.

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