De acordo com uma nota da ENANA, o acordo prevê a aquisição de 14 estações do tipo VSAT, para a ampliação do sistema de comunicações e controlo de voz, bem como o reforço da vigilância ADS/C-CPDLC, este último já está em funcionamento.
No domínio da vigilância aérea, estão previstas a aquisição de nove estações, en-quanto que para a navegação, os aeroportos do Huambo, Saurimo e Ondjiva vão ser contemplados, respectivamente com VOR/DME e ILS.
No âmbito do acordo serão também prestados serviços de consultoria em português, bem como a formação de 20 técnicos de manutenção e 20 controladores de tráfego aéreo.
O contrato celebrado pela ENANA insere-se no quadro da segunda fase do programa de gestão de controlo do espaço aéreo civil, que tem por finalidade o reforço e a modernização da navegação e consequentemente a melhoria da gestão estratégica do tráfego aéreo em Angola.
Com a implementação do programa, a ENANA garante haver plena cobertura das comunicações, navegação aérea e de vigilância do espaço aéreo da Região de Informação de Voo (RIV) de Luanda.
Angola não tem tráfego
Reagindo a informações postas a circular, sobre a ausência de sistemas de radares no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, a ENANA diz que o controlo do tráfego aéreo no país é feito de forma convencional, como recomenda a Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO).
A empresa justifica a au-sência deste equipamento de navegação aérea, alegando que o fluxo de tráfego aéreo existente no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro pode ser prestado com segurança e eficiência sem o radar.
Portanto, de acordo com a empresa, “o sistema convencional de controlo em uso em Angola, considerando o volume de tráfego existente e a dimensão da RIV (Região de Informação de Voo), é de si eficiente e seguro, quanto à gestão do tráfego aéreo predominante em Angola, pelo que tem merecido a confiança das companhias aéreas que operam no país, e várias outras pretendem operar no espaço aéreo nacional.
Contactado pelo Jornal de Angola, o presidente do Conselho de Administração da ENANA, Manuel Ceita, disse que embora seja importante a existência de um sistema de radar, Angola não tem tráfego tão grande que exija a presença desse tipo de equipamento.
Mesmo não havendo um grande fluxo de tráfego aéreo, ainda assim Manuel Ceita disse que a ENANA tem garantida na plenitude, a segurança aérea e socorre-se das companhias aéreas que sobrevoam diariamente o nosso território. Manuel Ceita confirmou que os aeroportos nacionais “nunca tiveram sistemas de radar”, garantindo a mudança do quadro em função do acordo celebrado com a Intelcan Technosystems INC, cujos equipamentos a receber nos próximos quatro anos têm os mesmos procedimentos que um radar.
Aeroporto alternativo
Na mesma nota, a ENANA informa, em relação ao aeroporto alternante, que esforços estão a ser empreendidos no sentido de mais aeroportos virem a ter condições semelhantes às de Luanda.
“Importa referir que toda e qualquer tripulação de um voo, antes do inicio do voo, é obrigatório o preenchimento de um plano de voo, o qual, dentre outros parâmetros, faz menção a pelo menos um aeroporto alternante, para onde a aeronave deverá alternar em caso de não puder aterrar no seu aeroporto de destino, como foi o caso que ocorreu no dia 3 de Abril”, diz ainda o comunicado.