O Banco Nacional de Angola (BNA) anunciou que, a partir de 1 de Janeiro de 2025, os cheques deixarão de ser emitidos para operações bancárias em todo o país. A medida foi motivada pela redução significativa na utilização deste instrumento nos últimos três anos, e pela crescente preferência por métodos de pagamento mais modernos e eficientes.
Mudança gradual no uso de cheques
O banco central comunicou que a emissão e aceitação de cheques interbancários será oficialmente encerrada em 31 de Dezembro de 2024. A partir de então, haverá um período de transição de 12 meses, findo o qual, em 31 de Dezembro de 2025, os cheques deixarão de ser aceites em definitivo.
Segundo o BNA, esta decisão busca:
- Mitigar riscos associados ao Sistema de Pagamentos de Angola;
- Reduzir custos de produção dos cheques;
- Evitar investimentos elevados na renovação do sistema de compensação.
Adesão a soluções digitais
O banco central destacou o aumento da popularidade de alternativas como o MCX Express, RUPE e transferências instantâneas, que oferecem maior segurança, comodidade e rapidez, em comparação aos cheques tradicionais.
Dados demonstram o declínio no uso
Em Novembro de 2024, foram compensados apenas 320 cheques interbancários, num valor de 1,56 mil milhões de kwanzas. Este número representa uma queda de 17,5% em relação ao mês anterior e de 83% em comparação com Novembro de 2023, quando o sistema compensou 39 mil cheques.
A maior parte das operações foi registada em Luanda, com 164 cheques movimentando 1,08 mil milhões de kwanzas. Benguela e Cabinda seguiram no ranking, com 138 e 7 cheques, movimentando 363,3 milhões e 69,9 milhões de kwanzas, respectivamente.
Impacto para consumidores e instituições
Com o encerramento do Sistema de Compensação de Cheques, o BNA reforça a necessidade de adaptação aos métodos digitais, que refletem uma nova era no sistema financeiro angolano. A expectativa é que a mudança proporcione mais eficiência e segurança nas transações, alinhando o país às tendências globais.