Em entrevista ao Platina Line, o kudurista angolano K2 falou de forma aberta sobre o maior momento da sua carreira e deixou uma reflexão que vai muito além da fama ou dos palcos. Para o artista, o kuduro não se resume a músicas ou a momentos isolados de sucesso, mas sim a um trabalho contínuo que começou em 1997 e que se mantém até hoje.
Durante a conversa, o kudurista destacou conquistas que considera marcantes, como a criação de oportunidades, o acesso à habitação para alguns artistas e a transformação de músicos em empresários. Hoje, afirma, já é possível encontrar no kuduro artistas com visão empreendedora, conscientes de que a música é arte, mas também investimento.
K2 explicou que nunca conseguiu apontar um único dia ou fase como o auge da sua carreira. Para si, estar bem é trabalhar todos os dias, criar e manter viva a essência do kuduro. Segundo o artista, o verdadeiro valor do género está na capacidade de gerar projectos que engrandeçam os próprios músicos e transformem vidas.
K2 citou vários exemplos de artistas que estão a pensar alto e a apostar seriamente nas suas carreiras, sublinhando que ninguém pode ficar parado no tempo. Para ele, a lógica é simples: crescer, investir e voltar a crescer. Caso contrário, alerta, muitos acabam dependentes de doações ou a enfrentar grandes dificuldades no futuro.
Por: Vanilson Gourgel







