Por: Nunes Hebo
O actor e jornalista angolano José de Belém apontou, recentemente, no programa “Especial Jornal Platina”, da Platina FM (96.8), que os fazedores da arte de representação estão muito divididos e defendeu mais união para o desenvolvimento da classe. O actor, que acumula uma experiência que remonta os anos 1980, com participação em vários projectos cinematográficos e peças teatrais, referiu que ainda há que se trabalhar muito e gerir os egos existentes entre os fazedores das artes cénicas
“Nós temos que trabalhar muito, nós estamos muito divididos, existe uma questão de egos que é preciso gerir em condições, é preciso que sejamos mais inteligentes, porque se queremos para o mesmo objectivo é preciso que sejamos inteligentes, fazer mais parcerias entre nós”, começou por dizer.
Embora reconheça que, de modo geral, existe muita qualidade nos intervenientes que trabalham isoladamente, entretanto, entende haver que se sentar e discutir os intentos da arte. “Precisamos de uma convenção, sentar e discutir em relação daquilo que devemos fazer para o desenvolvimento das artes cénicas no nosso país”, sublinhou.
A existência de cerca de 10 mil pessoas a fazerem teatro em Angola faz-lhe crer que a classe precisa organizar-se. “Nós precisamos nos organizar mais… não estamos organizados, estamos muito divididos, há ainda um espírito de cunha muito grande.”, culminou.