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    Angola precisa de um centro de resposta a ataques cibernéticos

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    conhecido como CERT – Computer Emergency Response Team para lidar com a crescente ameaça de crimes cibernéticos. Este centro teria como objetivo principal monitorar, detectar, responder e mitigar incidentes de segurança cibernética, além de promover boas práticas e conscientizar a população sobre a importância da segurança digital.

    Um CERT também é crucial para cooperar com outras organizações internacionais, trocando informações e colaborando em investigações, o que é fundamental para enfrentar ameaças globais. Além disso, um centro como este ajudaria a fortalecer a infraestrutura tecnológica e de comunicação do país, garantindo a resiliência e a continuidade dos serviços essenciais em caso de ataques.

    A criação desse centro pode envolver a capacitação de profissionais locais, o desenvolvimento de políticas públicas específicas e a implementação de parcerias estratégicas com outros países e organizações internacionais especializadas em cibersegurança.

    Sim, o estado angolano tem investido significativamente em tecnologia e infraestrutura digital nos últimos anos. Esses investimentos visam modernizar o país, promover a inclusão digital, melhorar os serviços públicos e fomentar a economia digital. Entre as iniciativas destacam-se:

    1. Infraestrutura de Telecomunicações: Expansão e modernização da rede de fibra óptica, conectando o país e melhorando a qualidade dos serviços de internet.
    2. Data Centers e Centros Tecnológicos: Desenvolvimento de data centers modernos, como o AngoNAP, para suportar a transformação digital e atrair investimentos no setor de TI.
    3. Educação e Capacitação Tecnológica: Programas voltados para a formação de profissionais na área de tecnologia, buscando preparar a população para o mercado de trabalho digital.
    4. Iniciativas de Governança Digital: Implementação de plataformas de e-governance para facilitar o acesso a serviços públicos online e promover a transparência.

    Esses esforços têm como objetivo transformar Angola em um hub tecnológico regional e criar um ambiente mais seguro e eficiente para o desenvolvimento digital e a inovação no país.

    Sim, apesar dos benefícios significativos, os investimentos em tecnologia também trazem riscos, especialmente no que diz respeito à segurança cibernética e à proteção de dados. Alguns dos principais riscos associados ao desenvolvimento tecnológico em Angola incluem:

    1. Ciberataques: Com o aumento da digitalização, Angola se torna mais suscetível a ataques cibernéticos, como fraudes online, invasões de sistemas e ransomware. Isso é um risco para governos, empresas e cidadãos.
    2. Proteção de Dados: A coleta e armazenamento de grandes volumes de dados pessoais em plataformas digitais exigem medidas robustas de segurança para proteger a privacidade dos usuários e evitar vazamentos ou uso indevido.
    3. Infraestrutura Crítica: A dependência crescente de sistemas tecnológicos para gerenciar infraestruturas críticas (como energia, telecomunicações e finanças) pode ser um alvo para cibercriminosos, colocando em risco a segurança e estabilidade do país.
    4. Falta de Profissionais Qualificados: Apesar dos esforços para capacitar profissionais na área de TI, ainda há uma lacuna significativa de talentos qualificados em cibersegurança. Isso pode dificultar a rápida identificação e mitigação de ameaças.
    5. Legislação e Regulação Insuficiente: A legislação de cibersegurança em Angola ainda está em desenvolvimento. A ausência de um marco regulatório robusto pode dificultar a aplicação de políticas de segurança e proteção de dados, deixando brechas que criminosos podem explorar.

    Esses riscos mostram a importância de fortalecer a cibersegurança no país, para promover a criação de um Centro Nacional de Cibersegurança.

    Angola ainda enfrenta desafios para formar um quadro suficientemente amplo e qualificado para lidar de forma autônoma com as ameaças e demandas de cibersegurança. No entanto, existem alguns fatores e iniciativas em andamento que indicam um progresso nessa área:

    1. Capacitação e Formação Local: O país tem investido em programas de formação em tecnologia, cibersegurança e análise forense digital. Instituições de ensino superior e centros de formação profissional oferecem cursos e programas voltados para essas áreas, buscando preparar profissionais locais para atender à demanda crescente. Contudo, ainda há um longo caminho para formar um número suficiente de especialistas com experiência prática e conhecimento avançado.
    2. Parcerias Internacionais: Devido à lacuna de profissionais especializados, Angola tem dependido de expertise internacional. Parcerias com empresas e organizações estrangeiras são comuns, trazendo conhecimentos avançados e tecnologias de ponta para o país. Essas colaborações podem ser vantajosas a curto prazo, mas também ressaltam a necessidade de desenvolver a capacidade interna para reduzir a dependência externa.
    3. Desenvolvimento de Políticas Públicas: Há um esforço do governo angolano para criar políticas públicas que incentivem a formação de especialistas e o desenvolvimento de uma infraestrutura tecnológica segura. A criação de um Centro Nacional de Cibersegurança, por exemplo, poderia centralizar os esforços e promover a formação de quadros especializados.
    4. Comunidade Técnica e Profissionais em Ascensão: Existem profissionais angolanos que já trabalham na área de cibersegurança e tecnologia da informação, tanto em Angola quanto no exterior. Estes profissionais podem contribuir para a construção de um setor tecnológico autossuficiente, trazendo experiências e conhecimentos adquiridos em outros mercados.
    5. Fomento ao Ecossistema Tecnológico: Startups e empresas locais que atuam na área de tecnologia e cibersegurança começam a surgir, mostrando que há potencial para o desenvolvimento de expertise nacional. Contudo, ainda é necessário maior incentivo e investimento para que essas empresas cresçam e contribuam significativamente para a formação de um quadro técnico robusto.

    Portanto, enquanto Angola já está formando seus próprios especialistas, o país ainda depende, em grande medida, de assistência externa para lidar com ameaças cibernéticas e para implementar infraestrutura tecnológica de alto nível. Investir em educação continuada e parcerias estratégicas pode ser um caminho para diminuir essa dependência a médio e longo
    prazo.

    Fernando Samuel: Criminologo e especialista em crimes cibernéticos. Autor do livro crimes cibernéticos

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