A atriz angolana Neide Van-Dúnem utilizou recentemente a sua conta do Instagram para manifestar o seu descontentamento face à lentidão na evolução da sétima arte em Angola.
Neide Van-Dúnem iniciou a sua carreira aos 15 anos no teatro. Aos 16 anos, participou na novela Sede de Viver e, aos 19, integrou o elenco de Entre o Crime e a Paixão, ambas produzidas pela TPA. Um ano mais tarde, destacou-se no panorama musical com o hit Alô Baby, em dueto com Caló Pascoal. Atualmente, aos 38 anos, dá vida à personagem Ruth na novela O Rio. Na publicação, a artista partilhou a sua opinião sobre a indústria cinematográfica angolana.
“Mas o que não sabia, e o que me entristeceu, foi perceber que, 20 anos depois, a evolução no sector continua lenta. Vai-se fazendo alguma coisa, mas não o que sonhávamos que seria a ficção em Angola 20 anos depois. Sonhávamos com uma indústria dinâmica e concorrida. Parecia estar muito longe, mas acreditávamos que tínhamos tempo, pois tudo caminhava de vento em popa. Infelizmente, não foi assim”, escreveu.
Na mesma publicação, Neide reforçou a questão da credibilidade e dos benefícios que poderiam advir da arte cénica: “Somos parte dos países que ainda não acreditam que a arte pode ser o maior cartão de visita que temos. Vinte anos depois, ainda lutamos para ter produções nacionais e, o que é feito, é fruto de muito suor e persistência”, sublinhou.
Por: Luciana Paciência