O cronista social Carlos Castro foi encontrado morto e mutilado sexualmente, sexta-feira, no quarto 3416 do Hotel Intercontinental, em Times Square, Nova Iorque.
Carlos Castro nasceu em Angola e em 1975 mudou-se para Portugal. Homossexual assumido, foi durante anos o organizador de numerosas produções artísticas, como a Grande Noite do Fado, ou a Gala Noite dos Travestis. Colaborava com vários títulos da imprensa portuguesa, nomeadamente o Correio da Manhã como cronista social.
O manequim Renato Seabra, de 20 anos, que acompanhava o jornalista, de 65, nesta viagem, é o principal suspeito do crime e já foi detido pela polícia norte-americana.
Mónica Pires, filha do ex-correspondente da SIC Luís Pires, ia jantar com Carlos Castro neste dia e foi a primeira a chegar ao local do crime: ‘Chegámos ao hotel cerca das 18h20 de sexta-feira e pedimos para chamar o Carlos, mas não respondia. Ligámos para o telemóvel e ninguém atendia’.
Cerca de 15 minutos depois, Mónica e a sua mãe viram sair do elevador Renato Seabra.
‘Perguntámos-lhe pelo Carlos e ele estava espantado. Acho que não estava à espera de nos ver e respondeu: ‘O Carlos já não sai do quarto’’. A resposta preocupou mãe e filha que decidiram, imediatamente, contactar o gerente do hotel.
Foi quando o corpo de Carlos Castro foi descoberto cheio de sangue, com lesões na cabeça e mutilado sexualmente, no 34º andar do hotel, onde ambos se encontravam alojados desde 29 de Dezembro.
Segundo Luís Pires, a polícia chegou rapidamente ao local e Renato Seabra terá sido detido pelas autoridades num local próximo do crime. Durante a tarde, testemunhas assistiram a uma discussão acesa entre o manequim e Carlos Castro e a polícia suspeita que os ciúmes poderão estar na origem do homicídio.
Recorde-se que Renato Seabra ficou conhecido pela participação no concurso ‘À procura do sonho’, em Setembro no canal de televisão português SIC.
Fonte: sapo.pt