Por: Helder Lourenço
A qualificação dos Palancas Negras para o Campeonato Africano das Nações (CAN) 2025 em Marrocos foi um verdadeiro sucesso para a seleção angolana, que terminou a fase de apuramento invicta, com quatro vitórias e dois empates. No entanto, para além dos resultados desportivos, um outro fenómeno tem vindo a conquistar os adeptos: o estilo irreverente de Zito Luvumbo. O jovem extremo da seleção angolana tem-se destacado pela maneira peculiar com que ajusta os seus calções, criando um visual que muitos comparam a um “biquíni”.
Este gesto, que se tornou uma das suas marcas, não passa despercebido a quem acompanha o futebol. Zito é frequentemente visto a puxar os calções antes dos jogos, um estilo que já gerou muita curiosidade nas redes sociais, com adeptos e jornalistas a comentarem o seu visual inusitado. Mas, ao contrário do que muitos possam pensar, esse “biquíni” não é apenas uma excentricidade. Trata-se de uma característica comum entre jogadores de rua em Angola, os famosos “peladeiros”, que frequentemente ajustam as suas roupas de forma descontraída durante os jogos informais. Para muitos, é um reflexo de um estilo de jogo mais livre e descomprometido, um regresso às raízes do futebol, onde a técnica e a criatividade prevalecem sobre a formalidade.
Embora este estilo possa ser visto como algo fora do comum no contexto profissional, ele representa um elo com a tradição dos campos de terra batida e as peladas, onde o futebol é vivido de forma mais natural e sem pressões. E, para Zito, essa atitude parece ser uma extensão da sua própria personalidade, descontraída, autêntica e sempre pronta para quebrar normas.
Contudo, o que realmente importa é o talento de Zito dentro de campo. Aos 22 anos, o extremo tem-se afirmado como uma das principais figuras da seleção angolana na qualificação para o CAN 2025. A sua velocidade, drible e inteligência tática foram fundamentais para que Angola conseguisse o apuramento, mantendo-se invicta durante a fase de qualificação.
Enquanto os adeptos continuam a brincar com o “biquíni” de Zito, o jovem extremo vai seguindo o seu caminho com a mesma leveza e confiança que o tornaram num dos maiores talentos do futebol angolano. A qualificação para o CAN de Marrocos é apenas o início de uma carreira que promete ser brilhante. E, quem sabe, o “biquíni” de Zito Luvumbo venha a ser lembrado como um símbolo de um talento jovem, irreverente e genuíno, que alia o futebol de rua à alta competição.
Entre a bola e o “biquíni”, Zito Luvumbo está a escrever a sua história, a de um “peladeiro” que conquistou os relvados e os corações dos adeptos. E, para os angolanos, o que importa é que o talento nunca se perde, independentemente do estilo ou do uniforme.