A premissa foi revelada na mais recente edição da Feira de Eletrónica de Las Vegas (CES 2017), com o Mobility Vision Concept, que apresenta uma lógica de vivência que dilui desta forma a separação entre o automóvel e o espaço habitacional. O carro pode ser programado para estacionar na sala e servir, por exemplo, como um espaço adicional para sentar convidados ou de unidade de ar condicionado para baixar a temperatura no interior da habitação. O banco do condutor pode, até, ser estendido até ao interior da sala para substituir um tradicional sofá ou cadeira.
Sendo o veículo autónomo, o seu proprietário não necessitaria de ‘levar o carro à rua’ quando deixasse de ser necessário na sala, bastando ordenar-lhe que saísse da divisão.
Além disso, a marca quer ainda que as pessoas possam utilizar o habitáculo do veículo como uma cabine de terapia ou de relaxamento, posicionando uma série de sensores que irão monitorizar diversos aspetos físicos e mentais do condutor, detetando desde a sua postura à intensidade respiratória. O veículo poderá, também, controlar o ritmo cardíaco para evidenciar casos de stress mais evidentes e até recorrer a funcionalidades de reconhecimento facial e seguimento ocular para averiguar o estado emocional.
Para promover um equilíbrio de emoções consoante a necessidade do momento, o veículo consegue oferecer pequenos intensificadores de disposição mediante a utilização de elementos do veículo. Por exemplo, se os sensores de monitorização do cockpit detetarem uma perda de concentração, emite um foco de atenção para ‘despertar’ o condutor, sendo o oposto válido para um estado de stress. Aqui, procura reduzir o estado de tensão e de ansiedade com um ambiente de tranquilidade.