O cantor angolano Bebo Clone partilhou a sua visão sobre as acções filantrópicas e a exposição destes actos nas redes sociais, durante uma entrevista concedida ao Platinaline, conduzida por Vanilson Gourgel, à margem do Festival Afro-Kuduro. O artista entrou no debate sobre se os gestos solidários devem ou não ser tornados públicos, sublinhando que tudo depende da intenção com que são realizados.
Segundo Bebo Clone, existem duas formas distintas de fazer trabalho social. “Existem dois tipos de trabalhos: aquele que tu fazes para suscitar o interesse de pessoas que têm mais condições do que tu para também fazerem por Angola e aquele que tu fazes por Deus”, explicou, defendendo que nem todas as acções precisam de visibilidade pública.
O músico revelou ainda que tem desenvolvido iniciativas solidárias de forma discreta, por convicção pessoal e espiritual. “Já coloquei cinco meninos de rua a estudarem e eu nunca publiquei, porque isso é um convénio entre mim e Deus”, afirmou, reforçando que alguns gestos devem permanecer no âmbito da fé e da consciência individual.
Por outro lado, Bebo Clone esclareceu que opta por divulgar determinados projectos sociais com um propósito mobilizador. “Outros trabalhos, como bolsas de estudo, saúde, estágios, entre outros, faço questão de publicar para chamar a atenção dos outros a fazerem também”, disse, defendendo que a exposição, quando bem-intencionada, pode inspirar mais pessoas a contribuírem para o desenvolvimento social do país.







