A 3.ª edição do Business and Breakfast, realizada hoje, destacou o impacto transformador da automação de processos e da transformação digital no desenvolvimento económico e na inclusão social em Angola. O evento reuniu líderes da administração pública e do sector privado para debater a digitalização como ferramenta para desburocratizar e impulsionar a economia.
O director-geral do Instituto de Modernização Administrativa (IMA), Meick Afonso, sublinhou o potencial da Agenda de Transição Digital da Administração Pública 2027, também conhecida como Agenda Governo.AO 27, para promover a modernização administrativa e a inclusão digital no país. “Este plano representa um marco na transformação dos serviços públicos, garantindo eficiência, transparência e maior acesso para os cidadãos,” afirmou.
Estudos indicam que a digitalização já representa 15% do PIB global e pode adicionar 2 triliões de dólares à economia mundial até 2025. Em África, projeta-se um impacto de 180 mil milhões de dólares no PIB até o mesmo ano, reforçando a relevância de iniciativas como a Agenda Governo.AO 27 e o Projecto de Aceleração Digital de Angola (PADA).
Com o apoio do Banco Mundial, Angola investiu 300 milhões de dólares no PADA, priorizando a interoperabilidade entre sistemas públicos e privados, a criação de identidades digitais, o fortalecimento da cibersegurança e a ampliação da conectividade nacional.
Exemplos globais, como o Gov.br no Brasil, o M-Pesa no Quénia, o sistema Aadhaar na Índia e a digitalização na Estónia, foram apresentados como modelos inspiradores que Angola busca adaptar.
“Angola está a construir um futuro digital centrado no cidadão, onde serviços públicos serão mais rápidos, acessíveis e eficientes,” destacaram os oradores. A ambição do país é não apenas acompanhar o ritmo global, mas estabelecer uma trajetória própria em direção a uma economia moderna, conectada e inclusiva.