O Ministério da Cultura suspendeu o kudurista angolano Tsunami, que fica impedido de realizar actuações públicas ou participar em espectáculos até à próxima semana, após uma audiência realizada nesta quarta-feira (01), na sede da Organização da Mulher Angolana (OMA), mediante convocatória dirigida ao cantor.
A decisão surge na sequência das recentes polémicas em torno das músicas do artista, acusadas de conter conteúdos “ofensivos” e alvo de críticas por parte de organizações e membros da sociedade civil, sobretudo pela forma como a mulher é retratada em algumas letras. Perante a pressão pública, a OMA interveio e o Ministério da Cultura decidiu aplicar a suspensão.
Durante a audiência, a secretária-geral da OMA, Joana Tomás, sublinhou a importância da música como ferramenta de transformação social e apelou ao artista para reflectir sobre o impacto das suas palavras. “A cultura deve ser promotora de valores e de respeito, especialmente em relação à figura da mulher”, afirmou.
Tsunami, por sua vez, mostrou-se disponível para dialogar e manifestou abertura para rever algumas das suas abordagens artísticas. De acordo com as autoridades, a suspensão temporária visa proporcionar um período de reflexão e de responsabilidade, com o objectivo de alinhar o discurso artístico com os valores defendidos pela sociedade angolana.
Por: Makiesse Macondo










