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    Miss Grand Angola Teresa Sara emociona-se ao falar do preconceito que sofre em Angola “Identidade não está no tom da pele”

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    “Uma miss não pode ser mulata? Não tem mulata na nossa sociedade?” questionou, visivelmente abatida.

    Por: Hélio Cristóvão

    Natural da província do Zaire, município do Soyo, a Miss Grand Angola Teresa Sara fez um emocionante desabafo sobre a maneira como muitas vezes é tratada no próprio país. A jovem, que recentemente elevou a bandeira de Angola além fronteiras no concurso de beleza internacional “Miss Grand International”, disse que, desde a sua infância, sempre foi alvo de preconceito, e mesmo depois de adulta ainda é estereotipada pelo tom de pele.

    “O preconceito mantém-se, lá fora eu nunca senti nenhum tipo de preconceito, tanto racial, como estético, nunca. Sempre fui muito bem acolhida mas infelizmente noto esta diferença quando venho para Angola, a nossa sociedade ataca muito, não sei o porquê. Julgam muito e eu me pergunto o porquê, não há essa necessidade. As pessoas ficam à espera de algo negativo ou pejorativo sobre ti para atacar.” Lamentou.

    Teresa Sara falou sobre a necessidade da união entre os angolanos e, apesar de reconhecer o carinho de muitos conterrâneos no decorrer do concurso, sentiu-se muito mais acolhida por pessoas que residem fora de Angola, sublinhando que em nenhum momento leu um comentário pejorativo de estrangeiros.

    “Alimentar-se da desgraça do outro? Você não sabe em qual condição está a pessoa então para quê julgar? Isto me entristece, eu fui representar uma nação, eu estive lá como Angola. Eu gravei comentários como: ́ essa é mulata!`. Uma miss não pode ser mulata? Não tem mulata na nossa sociedade? Disseram que não tenho nada que represente a cultura angolana. O que é que te faz achar que és mais angolano (a) do que eu?” questionou.

    Licenciada em Direito, na sua terra natal, Teresa salientou que Angola é o único país que conhece no mundo onde uma miss é desrespeitada. “Lá fora somos tratadas como rainhas da beleza, eu sou tua Miss Grand Angola, tens que me dar carinho, tens que me respeitar, aqui banalizam e discriminam uma miss, por quê? As misses não são automaticamente mulheres levianas”, desabafou.

    Para finalizar, Teresa Sara fez saber que as angolanas só levarão mais uma coroa internacional quando Angola valorizar e dar todo o apoio que merece uma miss.

    Importa salientar que a anterior Miss Grand Angola, Márcia de Menezes, também relatou casos de preconceito e falta de apoio por parte de angolanos aquando da sua participação no Miss Grand International 2021.

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