Angola vai formar, pela primeira vez, especialistas em cirurgias cardiovasculares e pulmonares, no Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares “Cardeal Dom Alexandre de Nascimento”, que já realizou, desde a sua inauguração, no passado mês de Novembro, mais de cinquenta operações complexas.
Os dados foram tornados públicos, ontem, em Luanda, durante a cerimónia de abertura do ano lectivo. A formação vai abranger mais de 1.500 técnicos de saúde, entre médicos, enfermeiros e pessoal administrativo, com o apoio de quatro médicos cubanos, que já se encontram em Angola.
O destaque recai para internamentos, área para a qual vão ser capacitados 80 médicos, além de mais 17 especialidades. O director pedagógico e científico do Complexo Hospitalar, D’jamel Kitumba, disse que, dentro de três anos, o país vai contar com um grande número de médicos especialistas formados internamente, com destaque para cirurgias de alta complexidade.
Acrescentou que, nesse momento, o Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares conta com 1.700 trabalhadores, que, também, estão envolvidos no processo de formação, nos níveis de pré-graduação, pós-graduação e formação permanente.
O secretário de Estado da Saúde para a Área Hospitalar, Deodato Inocêncio, desafiou a direcção do hospital a ser o primeiro no país a efectuar, brevemente, um transplante do coração.
O director-geral do Complexo Hospitalar, Carlos Masseca, disse que o acto de abertura do ano lectivo deve-se a uma das orientações do Presidente da República, João Lourenço, aquando da inauguração do novo Hospital Sanatório, no sentido de transformar-se em centro de formação.
Por sua vez, o cirurgião cardiotorácico e vascular, coordenador do internato, Guiomar Correia, deu a conhecer que, no país, existem, apenas, nove médicos com esta especialidade, acrescentando que, com as apostas que o Governo está a fazer no Sector da Saúde, acredita em dias melhores.