Kelly Silva foi a grande atração do quadro “Dança dos Famosos”, do concurso BAI Dança Com Ritmo, que foi transmitido no passado sábado pelo canal ZAP Novelas. Após a sua actuação, foi muito elogiado pelo jurado. À Platina Line, ele fala desta experiência e faz algumas revelações inéditas ligadas à sua carreira e vida profissional.
Como um rapaz de voz rouca se tornou num músico de grande sucesso?
Acredito que me tornei um músico de sucesso graças ao trabalho que desenvolvi ao longos dos meus 30 anos de carreira. Como a minha voz é rouca, e diz o ditado que este tipo de voz é propícia para a música romântica, então optei por este estilo. A ousadia fez-me explorar outros estilos. Graças a isso, tornei-me no artista que hoje todos conhecem.
Dois dos teus grandes sucessos são “O Problema” e “5 minutos”. Qual dessas catapultou a tua carreira?
São duas músicas que fizeram sucessos em épocas completamente diferentes, mas que contribuíam para o meu reconhecimento. Falando em reconhecimento, é preciso não esquecer que antes destas músicas, o Kelly Silva já teve sucessos como “Laura”, “Jamais Terá Fim”, “Por Causa Dela”, “Miradoro”, “Litito”, “Diz Para Mim” e “Essa Tal Solidão”. Resumindo, a minha carreia é um conjunto de sucessos e não apenas uma ou duas.
- Que tal está a ser fazer rádio para ti?
Ainda estou em fase de descoberta neste novo desafio chamado rádio. Ainda estou a 5% da minha capacidade. Quero me profissionalizar mais, para que eu possa alcançar a perfeição nesta arte.
“A minha carreira é um conjunto de sucessos e não apenas uma ou duas.
- Cantor, compositor, professor de dança, criador de projectos, radialista, director de vídeos e jurista…se tivesses que escolher apenas um ofício, qual seria?
Faltou a referência como actor. Sem dúvidas, ficaria com a música, porque é a minha profissão-mãe, que me transportou para outras actividades ligadas ao showbiz.
“Sou polivalente, é verdade, mas a música é a minha profissão- mãe.
- Já agora, qual foi o teu primeiro emprego?
O meu primeiro emprego foi como farmacêutico. Eu era uma espécie de supervisor farmacêutico. Tinha eu 15 anos.
Qual o menor cachet que já recebeste enquanto músico?
O meu menor cachet até hoje foi 20 dólares. Foi o primeiro da minha carreira. De tão feliz, fui imediatamente comprar uma caixa de coxas, para oferecer à minha mãe.
- És financeiramente organizado?
Graças a Deus, sou financeiramente organizado. Felizmente, em casa não falta o básico. Claro que o dinheiro nunca chega. Ainda assim, não passamos fome e agradeço todos os dias a Deus pelo pouco – mas suficiente – que tem chegado ao leu lar.
- O facto de seres professor de dança, torna-te o principal candidato do Dança dos Famosos do BAI Dança Com Ritmo?
Já não sou professor de dança há 20 anos. Por isso, penso que perdi boa parte desse traquejo. Por isso, creio que quer a Neide Sofia, que me antecipou, e outros que virão a seguir, têm condições para vencer o Dança dos Famosos. Mais do que competir, diverti-me muito com a minha participação no BAI Dança Com Ritmo.
Seres a pessoa que és surpreendeu a tua família?
A resposta é não. Porque sempre tive muito apoio dos meus familiares. Obviamente, algumas formas de estar no mundo artístico são novas e acabam por ser surpresa para eles. Seja como for, eles adaptam-se logo e entendem com facilidade.
- O que é que fazes que embaraça os teus filhos?
Em condições normais, nada embaraça os meus filhos. Entretanto, quando as pessoas do mal surgem com más intenções, aí sim os meus filhos são afectados, e ficam embraçados, tal como já aconteceu algumas vezes. De uma maneira geral, eles sabem que sendo o seu pai um músico, se não falarem alguma coisa de mim, é porque o pai não está a fazer nada.
- Estamos em Junho. O que fazias em criança para chamar a atenção?
Tocava abusivamente a campainha dos vizinhos.
- No teu imaginário, que idade tens?
40 anos, que é a minha real idade.
- O que mudarias na tua aparência física?
Enquanto músico, estamos sempre a pensar em surpreender os fãs com novos looks. Quem sabe um dia possa fazer um implante capilar ou uma operação plástica. Essas seriam, para já, as que podia considerar um dia.
- Trocarias a tua vida pela de outra pessoa? Quem?
Sim, por qualquer membro da minha família.
Não me importo com quem não gosta de mim. Talvez seja por não me conhecer bem. A mim, o que importa são as pessoas que gostam de mim, porque com elas que tenho que me preocupar.
- Se tivesses de escolher, querias assistir ao teu nascimento ou ao teu funeral?
Pediria para assistir ao meu nascimento, porque sentiria a dor que minha dor sentiu e, com isso, amá-la-ia ainda mais. Assistir a um momento como esse, penso, me ajudaria a tornar-me uma pessoa melhor, porque seria bom para reflexão sobre a vida e considera-la verdadeiramente como uma dádiva.