O aumento da cultura de poupança no seio das famílias de baixa renda é, neste momento, a principal aposta do Banco Nacional de Angola, anunciou, no Lubango, província da Huíla, o director da Região Sul.
Sandro dos Santos disse, no lançamento da Oficina de Educação Financeira, que para se atingir este objectivo, o Banco Nacional de Angola promove, até dia 5 de Novembro, este evento, que contempla acções de sensibilização dos funcionários, estudantes, cidadãos nas comunidades sobre a importância da poupança para lidar com os imprevistos.
O director regional do BNA considera a poupança fundamental para a estabilidade social e económica das famílias e empresas, por isso, defendeu, deve ser incentivada nas escolas, no trabalho e em outros locais para prevenir os cidadãos de eventuais crises.
Na visão do bancário, embora a poupança tenha, geralmente, forte dependência do volume de rendimentos das famílias, pessoas e empresas, por via de aforros ( instrumentos de dívida criados com o objectivo de captar a poupança), é possível incentivar a constituição de investimentos importantes para gerar lucro e ampliar o volume de reservas financeiras.
Acrescentou que a poupança exige dos agentes um determinado esforço, que, geralmente, é condicionado aos hábitos e costumes e, muitas das vezes, a cultura dos cidadãos. “É possível poupar em Angola, por entendermos que se cumprir com algumas técnicas e objectivos, naturalmente, todos podem sim poupar. Porque, poupanças previnem desafios futuros e mitigam também consequências de eventos inesperados”, afirmou.
Por sua vez, a chefe de divisão de estudos e supervisão da delegação regional Sul, Priscila Alberto, destacou o impacto dos programas de educação financeira levados a cabo pelo BNA no seio dos cidadãos. Priscila Alberto sugere a adopção de 10 por cento do rendimento como o percentual mínimo destinado à poupança.
“O primeiro passo para poupança é registar o orçamento pessoal e familiar para saber como se gasta o dinheiro. Só assim se pode definir as prioridades e reduzir os gastos (des)necessários. É muito importante criar reservas para situações de emergências, mas também a poupança pode catapultar para realizar sonhos ou empreendedorismo”, disse.
A Oficina de Educação Financeira, decorre de 31 de Outubro a 5 de Novembro, sob o lema “Construir Independência e Resiliência Financeira”. é dirigida aos estudantes, vendedores, funcionários públicos e demais interessados. O momento está a ser aproveitado para a distribuição da primeira edição do caderno de educação financeira “Kanito”, editado pelo BNA.