Por: Vanilson Gourgel
Numa entrevista sem filtros cedida ao Platinaline, a kudurista Dama Ludmila, carinhosamente conhecida como “a única kudurista casada”, deu o seu parecer sobre a nova geração de kuduristas e a forma como dançam, destacando que, hoje em dia, “dança-se mais com o bumbum do que com o corpo todo”.
Figura respeitada no kuduro, Ludmila iniciou a sua carreira numa época em que as mulheres ainda eram raridade no estilo, trazendo uma visão nostálgica e crítica sobre a evolução das danças.
“A nova geração está boa, os novos valores são excelentes. Mas, sinceramente, sinto que hoje em dia mexem pouco o esqueleto. Lembro-me do tempo do Tony Amado, aquilo sim era ‘partir o esqueleto’. Agora, quase todas as novas kuduristas pensam que, para ‘bater’, têm que dançar só com o bumbum,” começou.
Ainda na conversa, Ludmila transpareceu a sua preocupação com a essência do kuduro, lembrando que o estilo sempre teve uma base energética e ampla, onde cada movimento do corpo contava. Embora a sensualidade seja uma tendência notável, a veterana sugere que não se perca o verdadeiro espírito do kuduro: “A dança é muito mais do que isso,” enfatizou.
Além das suas declarações, Dama Ludmila continua activa no cenário musical e recentemente relançou o seu hit “Acaba de dar o toque”, ao lado de Sandro AB, renovando o compromisso com o kuduro e mostrando que, com ou sem bumbum, há espaço para inovação e tradição no estilo.
