1- Fale-nos um pouco sobre Pega Pega?
A história passa-se num hotel onde a minha personagem trabalha como camareira. Ela é completamente apaixonada pelo Aguinaldo [João Baldasserini]. A Sandra está a passar por um momento muito difícil, assim como os outros quatro, por causa do roubo que fizeram e do qual não podem usufruir. A Sandra já é meio louca desde o início em conjunto com o Aguinaldo, porque abusam e “tiram horas” de patrão, comem o que sobra, bebem o champanhe e usam quartos do hotel para relaxar e tomar banho. O Malagueta, personagem do Marcelo Serrado, junta os quatro e ele resolve mudar a vida de todos. A Sandra tem uma personalidade muito impulsiva, mas não tem mal nela, apenas quer ser rica e acha que tem direito a isso.
- Quais os sentimentos de Sandra em relação ao roubo que fizeram?
Apesar de todo o impulso, ela é muito humana e acha que não almeja nada de mal. Ela diz que não tem pena do Pedrinho, o dono do hotel, por exemplo, porque acha que “ladrão que rouba outro ladrão tem 100 anos de perdão”.
- Como está a ser o novo visual loiro e longo?
Dá um trabalho! (risos). Mas na verdade o cabelo e os sapatos são o que mais me ajudam a compor a personagem. Na hora em que eu coloquei o cabelo, comecei a entender mais a vaidade e a loucura dela. Uma pessoa que tem esse cabelo dá para entender melhor a personalidade e a vaidade dela (risos). Ela, na sua loucura, vai enlouquecer cada vez mais, pois o facto de ter o dinheiro, não poder usufruir e ter de continuar a ser empregada, vai mexer muito com ela.
- Como foi feita a sua preparação para dar vida a Sandra Helena?
Fizemos, sim, uma preparação muito boa, com grandes profissionais e visitas a hotéis com as quais aprendi muito porque sempre fiquei impressionada com a arrumação dos quartos e eu pensava que nunca conseguiria interpretar essa personagem. Desde o dia que o Luiz Henrique Rios [director] me ligou, eu comecei a tentar arrumar a cama de forma perfeita, mas falhava sempre (risos). Sempre usei lençol de elástico, coisa que nos hotéis não existe porque eles passam os tecidos numa máquina para deixá-los bem lisinhos e depois tem todo um padrão de “envelopar” a cama, experiência que acho que todos nós já vivemos quando nos deitamos numa cama assim. Toda a dificuldade de entrar e ficar confortável (risos). Agora já aprendi. Não é tão difícil assim, porque tem toda uma técnica.
- Como está a ser a relação com os restantes actores?
Nós divertimo-nos muito, são grandes parceiros. Nunca tinha preparado uma novela com tanta antecedência e, neste momento, até já sabemos o que os outros estão a pensar e toda essa intimidade.
6.Quais são as suas expectativas para ‘Pega Pega’ e o que o público pode esperar?
Eu acho que a novela está muito divertida. Fico ansiosa pelos próximos capítulos, porque é muito ágil e rápida, não fica a “encher”, e isso acontece para todos os personagens. Não há um protagonista, é cheia de personagens relevantes, muito fluída. Estou muito feliz por fazer parte e tenho a certeza de que o público vai gostar!
- O que você faria com 10 milhões de dólares?
Nossa, não tenho ideia! (risos). Eu estava numa cena de improvisação no outro dia com o João [Baldasserini], uma cena entre o Aguinaldo e a Sandra Helena, e ele disse “eu compraria um iate como o do Neymar!” e eu perguntei quanto custa o hiate e ele respondeu: “sei lá, uns 8 milhões” e eu respondi “caramba, vai sobrar 2 milhões para a manutenção” (risos). Então é uma coisa meio complicada, eu não tenho ideia mesmo.