Por: Hélio Cristóvão
O cantor luso-angolano, que carrega um apelido bem peculiar, talvez até tendencioso, falou em entrevista ao PLATINALINE após a sua passagem polémica pelo programa “Bem-vindos”, da RTP África, onde performou o tema “Safado”, e de seguida choveram críticas por alegadamente actuar “semi-nu”.
Judas, um autêntico performer, comentou a propósito do seu nome, sublinhando que, para si, significa “aquele que fez com que a profecia se cumprisse”, pois, faz questão de não ser o “mocinho”, tampouco o “vilão” da história.
“Procuro apenas desempenhar o meu papel na minha vida. Uma outra razão é a necessidade que há de personificar o ódio colectivo, e o negro e periférico acaba sempre por carregar esse fardo. Então tudo bem, tomem-me como o vosso judas, estou aqui”, disse.
Sobre a sua forma irreverente de se apresentar, o angolano frisou que a sua base artística é a dança e a performance.
“Utilizo toda a minha energia para expressar aquilo que sinto e ser espontâneo. Faço questão de criar todas as minhas coreografias, mas sim, não estou isento das influências (risos), carrego comigo grandes nomes da música que me inspiram todos os dias.”
Sobre nudes, o artista refere ser algo natural para si, razão pelo qual tem preferências por visuais ousados e de vanguarda, que sobressaem e causam furor.