Acontecimentos brasileiros dos anos 70 e 80 são pano de fundo da trama que estreia na segunda, 24 de Abril.
Um drama amoroso clássico, ambientado entre as décadas de 1970 e 1980, altura de grandes emoções e turbulência no Brasil e época de grandes artistas e intelectuais, que lutam por um país menos reprimido e conservador. Assim pode ser apresentada “Os Dias Eram Assim”, a nova supersérie da Globo que retrata a história de um grande amor que tem o seu caminho interrompido por esse contexto histórico conturbado e que estreia na Globo na próxima segunda-feira à noite, dia 24 de Abril.
“A trama nasceu da vontade de contar uma história de amor forte como o tempo e apesar do tempo”, introduz a co-autora Ângela Chaves, sobre a relação dos protagonistas, afectada pelo contexto histórico. “Vamos acompanhar as suas vidas atravessando os anos de chumbo, passando pela amnistia política e chegando até à campanha pelas Directas já em 1984, ano em que a maior parte da trama se concentrará”, completa Alessandra Poggi, também autora.
O ano é 1970, Rio de Janeiro. A revolução dos costumes a pleno vapor, facilmente notada no comprimento da minissaia dos brotos, e nos discursos libertários dos pasquins. Pelas ruas da cidade, a rapaziada também conduz outra revolução: nas provocações pintadas nos muros da cidade e nos gritos abafados contra a ditadura, a luta pela liberdade.
E Alice Sampaio Pereira (Sophie Charlotte), estudante de Letras, e o jovem residente em Medicina Renato Reis (Renato Góes) carregam esse desejo em si. Ela, questionando o pensamento conservador da família, que quer limitar as mulheres ao papel de boa esposa e mãe; ele, acreditando que a sua forma de transformar o mundo é pela vocação de cuidar do outro, independentemente de ideologias, quando os seus caminhos se cruzam, os dilemas tomam outro significado numa história de amor: da ruptura inesperada, a impossibilidade de viver um sonho que é só dos dois.
No confortável apartamento do industrial Arnaldo Sampaio Pereira (Antonio Calloni), em Ipanema, Alice nunca foi a filha favorita. Na verdade, a sua irmã mais nova, Nanda (Letícia Braga/Julia Dalavia), sempre se esforçou para merecer o título. A favor da aparente harmonia, prefere não contrariar os pais e coloca-se ao lado do patriarca, o poderoso dono da construtora Amianto, nas discussões familiares. Arnaldo é autoritário e acha que é com pulso firme que se mantém uma família unida.