O comité do prémio Nobel da Paz anunciou o vencedor da edição de 2020 na manhã desta sexta-feira , justificando a sua decisão com o facto de “o Programa Alimentar Mundial contribuir diariamente para o avanço da fraternidade das nações referidas no testamento de Alfred Nobel”.
“Como a maior agência especializada da ONU, @WFP [o Programa Alimentar Mundial] é uma versão moderna dos congressos de paz que o #NobelPeacePrize se destina a promover”, pode ler-se no Twitter.
O Programa Alimentar Mundial foi premiado, ainda, “pelos seus esforços para combater a fome, pela sua contribuição para melhorar as condições de paz nas zonas afetadas por conflitos e por atuar como força motriz nos esforços para impedir a utilização da fome como arma de guerra e conflito”.
O vencedor saiu de uma lista de candidatos com 211 pessoas e 107 organizações, num ano de incertezas e desafios globais e foi anunciado pela presidente do comité, Berit Reiss-Andersen
O Comité Nobel assinalou que a pandemia do novo coronavírus fez aumentar a fome que milhões de pessoas enfrentam em todo o mundo e pediu aos governos que garantam que o PAM e outras organizações de ajuda recebem o apoio financeiro necessário para as alimentar.
“Em 2019, o PAM prestou assistência a cerca de 100 milhões de pessoas em 88 países vítimas de insegurança alimentar aguda e fome”, indica o comité no comunicado em que anuncia o prémio.
“Com o prémio deste ano, o (comité) pretende que os olhos do mundo se voltem para os milhões de pessoas que sofrem ou enfrentam a ameaça da fome”, disse Reiss-Andersen, adiantando que “o Programa Alimentar Mundial desempenha um papel fundamental na cooperação multilateral, tornando a segurança alimentar um instrumento de paz”.