Foto e texto: Ernesto Jaime
Em um encontro informal denominado “mata bicho”, decorrido na última sexta-feira (07), em Luanda, o CEO da VIVA SEGUROS, Damien Veerapatren, reuniu-se com jornalistas para discutir a importância da agricultura familiar e o desempenho da seguradora no setor agrícola. O evento teve como objetivo principal destacar as experiências e desafios enfrentados durante o primeiro exercício, que ocorreu de setembro de 2023 a junho deste ano.
Veerapatren revelou que, apesar dos desafios financeiros, com um pagamento de sinistros duas vezes superior ao valor recebido em prêmio, o ano foi considerado um sucesso em termos de impacto no mercado. “Recebemos cerca de 610 milhões de kwanzas e pagamos 1.250 milhões em sinistros, resultando em uma taxa de sinistralidade de 234%. Isso mostra que os sinistros superaram nossa receita”, destacou o CEO.
Os principais sinistros registrados na agricultura incluem chuvas excessivas, secas e pragas. No último ano, a VIVA SEGUROS concentrou-se na proteção do milho, mas Veerapatren anunciou a ampliação do portfólio, agora abrangendo seis culturas, incluindo trigo, algodão, feijão, soja e café.
A seguradora assegurou, no último ano, cem mil agricultores e 50 mil hectares de terras em sete províncias. Para este ano, a expectativa é manter esses números, com quase 50 mil agricultores já registrados. A VIVA SEGUROS está também em negociações com cooperativas e bancos, destacando a importância da inclusão financeira e do acesso ao crédito para os agricultores.
Veerapatren enfatizou que a diversificação econômica em Angola depende fortemente dos agricultores, e que o papel das seguradoras é fundamental para apoiar esse desenvolvimento. A parceria com instituições financeiras, como o BCI, é uma das estratégias adotadas para fortalecer a agricultura familiar e garantir um futuro mais sustentável para o setor.