Está em Cabo Verde a estilista angolana, Lisete Pote para apresentar a sua mais nova colecção de moda inspirada em tecidos africanos, embora com um toque moderno e vanguardista. Pela segunda vez em Cabo Verde, a criadora de moda recorda “o caminho duro” percorrido para que hoje esta indústria fosse vista de forma diferente no seu país.
Cabo Verde ainda é um bebé a gatinhar, mas se forem por este caminho vão abrir as portas em que novos criadores vão querer entrar e dali vão tirar algum fruto. Foi isso que se passou em Angola, se fizerem o mesmo aqui vão conseguir uma evolução nesta arte”, acredita.
A estilista angolana traz ao público cabo-verdiano uma colecção diferente da que normalmente apresenta. “Trago roupas mais para o dia-a-dia. Trabalho mais com roupas de festas “glamour” mas desta vez preferi criar roupas de crianças a condizer com as roupas da mãe”
Lisete Pote já soma mais de duas décadas no mundo da moda e a convite da organização da III Edição do Cabo Verde Fashion Week trouxe até à ilha de São Vicente a sua experiência aos criadores nacionais que ainda tentam desbravar o terreno de uma arte ainda embrionária e pouco desenvolvida entre nós. “O meu país também começou com poucas perspectivas. Quando entrei para este mundo, não havia nada, as modelos eram vistas como meninas para se desfrutar. Hoje em dia temos um mundo completamente diferente, porque nós insistimos, não desistimos”, recorda.
Lisete Pote apaixonou-se pelo mundo da moda em 1988, já perdeu a conta aos desfiles em que participou não só em Angola e vários países de África, mas também na Europa e na Ásia.
