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Cardiopatias Congénitas: Médicos abordam o tema na rubrica Saúde para o Povo

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Na edição desta terça-feira (24), da rubrica Saúde para o Povo, da Platina FM (96.8), a cardiologista Elsa Fernandes e o cirurgião cardiovascular Valdano Manuel abordaram o tema “Cardiopatias Congénitas”, e começaram por definir explicando as manifestações dessas doenças do coração e cuidados a ter, desde quem quer reduzir a probabilidade de tê-las, quem as tem e o que fazer para evitar consequências graves na qualidade de vida.

“São malformações do coração, é uma anormalidade que acontece no coração quando o bebé ainda está dentro da barriga da mãe. O coração começa a formar-se na oitava semana, ou seja, no segundo mês de gestação, e ocorre alguma alteração ou anomalia que faz com que o defeito aconteça, isso ainda dentro da barriga da mãe”, definiu a cardiologista; 

“São anomalias decorrentes de alterações no processo de formação do feto, principalmente nas primeiras oito semanas. Anomalias do coração são as mais frequentes quando se fala de doenças congénitas”, afirmou o cirurgião cardiovascular.

No decorrer da sua abordagem, a especialista em cardiologia pediátrica explicou que a idade para as manifestações dessas doenças podem ocorrer desde o nascimento até a idade adulta, dependentemente da gravidade, e descreveu-as: “Nos recém-nascidos, essas manifestações podem começar logo por uma cor azul nos lábios ou nos dedos, pode ser que tenha muito baixo, que esteja sempre irritado, que tenha um suor excessivo, um cansaço entre as mamadas, uma respiração curta e rápida, mesmo em repouso, esses são, assim, os primeiros sinais que chamam atenção ao pediatra logo depois do nascimento do bebé, e já numa fase mais avançada, é uma criança que não desenvolve, tem baixo peso, é uma criança que tem maior cansaço que as outras, frequentemente tem infecções respiratórias, são sinais que chamam atenção para uma cardiopatia.”

Ambos especialistas explicaram que o tratamento das cardiopatias congénitas pode ser medicamentoso, mas que, na maioria das vezes, é cirúrgico, sendo que algumas têm cura de forma espontânea. E enfatizaram, também, a importância de diminuir os factores de risco na grávida, como consumo de bebidas alcoólicas, consumo de tabaco, fazer filhos depois dos 45 anos, ter rubéola, ter diabetes gestacional, uso de certos medicamentos, e recomendaram que as crianças com essas doenças devem ser controladas por um cardiologista pediátrico.

“Quando estiver grávida, deve fazer ecocardiograma fetal para ver a parte cardiovascular. Aos que já têm filho, prestar atenção ao que não ganha peso, tem mamadas curtas (…) e consultar o pediatra antes de consultar o cardiologista. O pediatra vai fazer uma avaliação geral, vai triar os pacientes que têm cardiopatia congénita; Aos pais que já têm filho com essa doença, minha recomendação é que consultem um cardiologista pediátrico, e nessa consulta perguntar tudo, e quando for indicada à cirurgia, conversar com o cirurgião para mais esclarecimentos. Apelamos também fé em Deus e acreditar nos profissionais nacionais”, Finalizou Valdano Manuel.

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