A Cantora, vai colocar neste fim de semana, no mercado discográfico nacional segundo a cantora um CD diferente do primeiro em termos de ritmos e sonoridade
A artista Sandra Cordeiro apresenta no sábado, às 8h00, na Praça da Independência, em Luanda, a sua segunda obra discográfica, denominada “Luandense”. Faixa
Título de uma das 11 faixas e um claro tributo à cidade que a viu nascer, “Luandense” é, de acordo com a cantora, um álbum diferente do primeiro em termos de ritmos e sonoridades.
Além de trabalhar com uma produtora diferente, “Luandense” inclui os géneros afro, semba, massemba, pop, funk, smooth jazz e pop rock, fruto da participação de artistas de várias origens.
Entre eles, destacam-se o moçambicano Jimmy Dudlu, o angolano Nino Jazz e o brasileiro Paulo Calasans, que trabalha com grandes nomes da Música Popular Brasileira, como Djavan e Gal Costa.
Participam ainda o baterista congolês Kissangwa Junior, que também cantou em lingala num dueto, o baterista Carlinhos Bala, os brasileiros Torcuato Mariano (guitarra e violão) e Arthur Maia (baixo), e os angolanos Dalú Roger, Hélio Cruz, Isaú Baptista, e Yami.
Feliz pelo resultado do CD, Sandra Cordeiro, considerada uma das vozes angolanas mais representativas do restrito universo do afro-jazz em Angola, disse ter cinco composições de sua autoria e de Filipe Mukenga, Filipe Zau, Jack Nkanga, Kizua Gourgel e Totó que expressam o amor, liberdade, superação e valorização da identidade cultural angolana.
O álbum “está conforme quis, embora não tenha trabalhado com muitos artistas que desejei por motivos de agenda”, acrescentou a autora de “Tata Nzambi”.
Disse que levou cinco anos para a apresentação de um novo projecto por falta de apoios e de uma estrutura que garantisse um álbum com as condições que exigia, numa altura em que havia trocado de produtora.
O disco é comercializado no domingo, no Marco Histórico do Cazenga, na Casa da Juventude, em Viana, no Supermercado Jumbo, e no Shopping Atrium, no projecto habitacional Nova Vida. Influenciada pelo pai, que costumava ouvir em casa músicas de artistas como Nat King Cole, Frank Sinatra e Bobby McFerrin, Sandra Cordeiro aprendeu desde cedo a apreciar a música. Integrou grupos de dança tradicional no bairro em que cresceu e destacou-se nas actividades escolares quando imitava artistas internacionais.
Aos 12 anos, fez parte do coral da Igreja do Carmo, como solista. Participou quatro anos mais tarde (em 2001), no concurso “Chuva de Estrelas”, da LAC. Dividiu palcos de bares e restaurantes da cidade capital com bandas nacionais e internacionais, como a de Carlos Lopes, a banda Claves, a banda norueguesa de jazz Gumbo e o músico Mário Rui. Concorreu, em 2005 e em 2006, ao Festival da Canção de Luanda, tendo se sagrado vencedora no segundo ano. O seu álbum de estreia é intitulado “Tata Nzambi”, editado em 2008, venceu o Prémio Revelação e Criatividade.
Foi uma das dez vozes revelação de África, numa eleição da rádio francesa RFI, em 2010. Participou nos festivais Internacional de Jazz de Luanda e na 12ª edição do Cape Town Jazz Festival.
