- Publicidade -

More

    Dezenas de pessoas presas na Nigéria com entrada em vigor de lei que proíbe homossexualidade

    em

    |

    Visualizações

    and

    comentarios

    O Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, assinou na segunda-feira a lei que criminaliza a homossexualidade e logo começaram a ser presas dezenas de pessoas no Norte do país, por causa da sua sexualidade. O texto, que prevê penas até 14 anos de prisão para os infractores, já tinha sido aprovado pelo Parlamento e tem o apoio da maioria da população.

    A lei já em vigor proíbe “relacionamentos amorosos” entre pessoas do mesmo sexo e também bane as associações de defesa do direito dos homossexuais.

    “Qualquer pessoa que se associe, opere ou participe de clubes gays, sociedades ou organizações e demonstre publicamente, directa ou indirectamente, um relacionamento amoroso com outra pessoa do mesmo sexo na Nigéria comete uma violação e estará sujeita à condenação a dez anos de prisão”, decreta a nova lei. A pena máxima aplica-se a quem realize cerimónias de casamento ou viva em união de facto.

    A nova legislação, também conhecida como “Lei para Prender os Gays”disse a activista Dorothy Aken’Ova à Associated Press, foi criticada em todo o mundo, por países e organizações. A ONU considerou que viola o direito internacional e a Amnistia Internacional fez saber que “ataca direitos básicos”.

    França, Reino Unido e Canadá já condenaram a lei, mas a lei, mas a reacção mais forte foi a do Governo dos Estados Unidos. “Além de proibir o casamento gay, essa lei restringe de forma perigosa a liberdade de reunião, associação e expressão para todos os nigerianos”, disse o vice-presidente Joe Biden, em comunicado.

    “A lei é inconsistente com as obrigações legais internacionais da Nigéria e enfraquece as reformas democráticas e a protecção aos direitos humanos asseguradas na Constituição de 1999”, diz o texto de Biden, que frisa ainda que “em qualquer lugar as pessoas merecem viver em liberdade e igualdade”.

    No continente africano, 36 países punem a homossexualidade, sendo 31 deles na África subsariana. A decisão da Nigéria, o país mais populoso de África, é considerada o maior revés para os direitos dos homossexuais no continente e não só, pois pessoas de outros países que estejam na Nigéria são igualmente punidas — a homossexualidade é proibida dentro das fronteiras e casamentos celebrados noutros países são considerados ilegais.

    Mais, dizem os analistas, a decisão deste país pode influênciar outros a adoptarem legislação semelhante. No Uganda uma proposta idêntica já foi aprovada mas o Presidente Yoweri Museveni ainda não a promulgou.

    A lei nigeriana, diz a Associated Press, que viu as duas versões, é mais branda do que a versão inicial que criminalizava quem conhecesse um homossexual e não o denunciasse — os pais deviam denunciar os filhos gay, por exemplo.

    As organizações de defesa dos direitos homossexuais da Nigéria denunciaram a lei e advertiram para os riscos que comporta, nomeadamente aumentando os riscos para os que têm HIV-sida, pois as estruturas que os apoiam foram ilegalizadas.

    O activista Davis Mac-Iyalla, numa entrevista ao SaharaReporters.com, citada pelo New York Times, disse que a lei pode “traduzir-se também por um aumento de sem abrigo e por um crescimento da violência social e de Estado” contra um grupo de cidadãos.

    A Nigéria é um país onde metade da população é muçulmana e a outra metade cristã e ambos os grupos são hostis para com os homossexuais.

     

    Via : Publico 

    Share this
    Tags

    A Bombar

    Privatização de 109 Ativos do Estado Avaliada em 1,5 Bilião de Kwanzas

    Luanda – O Governo angolano prevê arrecadar cerca de 1,5 bilião de kwanzas com a venda de 109 ativos do Estado até julho de...

    Vera Daves Defende Novo Paradigma de Desenvolvimento Focado na Segurança Alimentar e Parcerias Privadas”

    A Ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, afirmou em Pequim, China, que Angola está em busca de um novo paradigma de desenvolvimento, com...

    Swelia António revela que, enquanto Miss Angola, enfrentou pessoas com más intenções

    Por: Lindeza Admizalda Swelia António, Miss Universo Angola 2022, foi recentemente convidada do programa "Dia Alegre", da rádio Platina FM 96.8, onde falou sobre...

    - Publicidade -

    Artigos Recentes

    - Publicidade -

    Mais como isto