Um continente oprimido começa a libertar-se em Lisboa
Durante décadas a expressão do futebol africano era residual. O continente encontrava-se dividido pelas potências coloniais europeias e os grandes jogadores partiam para a Europa para seguir a carreira: o francês (marroquino) Just Fontaine e o português (moçambicano) Eusébio da Silva Ferreira serão os expoentes máximos desse período, em que os grandes jogadores nascidos em África jogavam e representavam as seleções da metrópole.
O caminho para a total independência de África e do seu futebol foi longo e sinuoso. Das primeiras independências, ainda na década de cinquenta, à independência das colónias portuguesas, só depois do movimento que derrubou a ditadura portuguesa em 1974, foi percorrido um longo processo de amadurecimento de um continente.