Um ano após ter revelado que deixou de receber propostas de trabalhos por causa do vitiligo, o ator e encenador angolano, Miguel Hurst, em entrevista recente ao Platinaline, contou que continua a perder trabalhos pela mesma razão.
Com uma voz carregada de emoção e uma sinceridade que ecoa para além das telas, o artista lamentou a hipocrisia do ser humano que o discrimina pela sua condição física.
“O vitiligo continua a afastar-me das câmaras. Nós, humanos, somos muito intolerantes, racistas e achamos que ir à igreja nos livra do sofrimento que causamos aos outros. Perdi, perco e continuarei a perder trabalho devido à minha condição física (…) Posso afirmar que o ser humano é uma decepção para mim”, contou.
Refira-se que Miguel Hurst considera a arte como a elevação e a reflexão sobre variadas manifestações culturais de um povo e de uma sociedade. Foi diagnosticado com vitiligo em 2013 e, ao que parece, atualmente, mais do que nunca tem estado a sentir os efeitos negativos desta doença que o afeta.