As jovens angolanas, Yaisa Nicole de Sousa e Ailema Sousa, apresentaram, no passado dia 9 de Junho, em Los Angeles, Califórnia, a peça teatral intitulada “Fort Huachuca”, que conta a historia verídica das primeiras mulheres negras a serem alistadas no exército americano, em 1942.
Na noite da apresentação do filme, estiveram presentes na sala membros do consulado angolano em Los Angeles. Dias depois da apresentação, foram convidadas pela administração do exército de Fort Huachuca a visitar o local, no Estado do Arizona. Para este mês, o grupo tem três shows agendados e pretende que os angolanos residentes em Los Angeles assistam à peça.
Nicole nasceu em Angola e cresceu em Londres, no Reino Unido. O seu amor pelas artes, em especial por actuação, começou em tenra idade, depois de ter participado em clubes de teatro extraescolares. No Ensino Secundário, participou em peças de teatro escolares e em pequenas produções de teatro Shakespeare. Após completar a sua formação universitária, em Economia na Universidade Pace, em Nova Iorque, decidiu dedicar-se em tempo integral à arte de representação.
A jovem actuou em várias produções na off-broadway, em Nova Iorque, bem como em curtas-metragens e comerciais. Mais notavelmente foi o seu papel como Janice na curta-metragem “Bag Ladies”, que concorreu no Festival de Cinema de Cannes, em 2014, além do vídeo musical Menina, de Jacira Araújo, onde contracenou com o actor Fredy Costa. A sua participação mais recente foi no novo vídeo de música do grupo Stanton Project com a participação do Pitbull e também numa peça de teatro a estrear em Los Angeles, no fim de Julho 2017.
Além de actuar, escrever e produzir, Nicole é uma entusiasta de artes marciais e pratica o Krav Maga e o boxe regularmente. A angolana tem especial atracção em representar papéis fisicamente desafiantes, que mostram que as mulheres são fortes e independentes. A jovem espera continuar a trabalhar internacionalmente como actriz e contar histórias de pessoas que nem sempre têm voz. Ela, particularmente, espera contar histórias sobre Angola: “Temos uma história tão profunda e rica com muito por contar, que seria uma honra compartilhá-las com o mundo,” explicou Nicole.