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    Angolano completou 115 anos de idade

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    Bartolomeu Cambinda Vunongue, natural da aldeia de Chilanda Ngombe, no município do Cuchi, no Kuando-Kubango, completou 115 anos no passado dia 17, uma idade que lhe pode valer o estatuto do homem mais velho do país, segundo o director da Cultura daquela província, Luís Paulo Vissunjo.

    A direcção provincial da cultura do Kuando-Kubango, em coordenação com a administração municipal do Cuchi, organizou uma festa de aniversário e entregou bens de primeira necessidade ao ancião, como sabão, açúcar, arroz, farinha de milho, cobertores e utensílios de cozinha. Bartolomeu Cambinda conversou com o Jornal de Angola e, apesar da idade e do corpo trémulo, demonstrou lucidez ao contar que exercia a profissão de carpinteiro e fazia cestos tradicionais. Actualmente, possui uma pequena lavra em redor da sua cubata, onde cultiva tabaco, milho, couve e feijão, para o seu auto sustento. Desde a morte da sua mulher, na década de 80, passou a viver sempre solitário e tem apenas um filho, de 73 anos, um neto, de 61, 15 bisnetos e 12 trisnetos. O ancião revelou que se alimenta à base de funji de milho, mandioca, feijão, peixe, papa de massambala, couve, ervas, abóbora e saca folhas (mutchetche). Como bebida consome hidromel (uma bebida fermentada, feita a base de mel).

    Uma vida de escravo

    Nascido a 17 de Maio de 1898, vive actualmente na aldeia de Malengue, que fica a 45 quilómetros da sede municipal do Cuchi, da qual é o soba. É filho de António Ndala Vunongue e de Natália Ethumba, embora não possua qualquer documento, por os ter perdido em 1992, em consequência do reinício da guerra pós-eleitoral. Aos 15 anos foi levado para São Tomé e Príncipe, onde permaneceu cerca de 16 anos como escravo. Na sua língua materna, o nganguela, que fala fluentemente, disse que em 1913 marchou a pé da sua terra natal, a aldeia de Chilanda Ngombe até à província de Benguela, passando por Chitembo (Bié) e Huambo, para chegar ao Lobito, no qual embarcou para São Tomé e Príncipe, onde trabalhou como escravo na plantação de cana-de-açúcar, cacau, café e de caju.

    Durante os 16 anos de permanência em São Tomé e Príncipe casou com Maria Intumba, sua companheira de viagem, com quem chegou a ter quatro filhos, três dos quais faleceram e apenas um sobreviveu.

    No seu percurso como escravo teve também passagem pela África do Sul, onde trabalhou na exploração de ouro, e, quando regressou a Angola, passou a trabalhar em fazendas das províncias do Uíge, Kwanza-Sul, Huíla e Bengo, onde tratava da plantação de banana, cana-de-açúcar e de café.

    Bartolomeu Cambinda Vunongue participou na luta de libertação contra os colonialistas portugueses, em 1961, quando vivia na então Carmona, actual província do Uíge, no município do Bembe.

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