Isabel da Silva Bernardo, de nome artístico ‘Iesha’, procede nesta Sexta-feira a apresentação do seu mais recente vídeo clip da música ‘Me mata’, em acto a realizar-se no Espaço Art’z Lounge, na Ilha de Luanda a partir das 19 horas.
A par do vídeo a mais nova artista vai também apresentar ao vivo dois temas promocionais que vão constar da obra sua obra de estreia intitulada ‘Iesha Viagem’, com lançamento previsto para o mês de Março de 2018, designadamente os temas ‘Xeque mate’ e ‘Sonhos’, de um total de doze faixas musicais. A cantora interpreta os géneros fado, guetto zouk, kizomba, balada, house, pop rock e R&B.
Isabel da Silva Bernardo nasceu a 20 de Março de 1991, no distrito urbano das Ingombotas. Parte da sua infância foi vivida no bairro da Madeira, por detrás do Hipermercado JUMBO, tendo-se mudado depois para o bairro Morro Bento.
Com apenas 15 anos engravidou dando a luz meses depois já com 16 anos de idade. Prematura e sem experiência de vida foi vítima de violência doméstica, tendo das últimas agressões a necessidade de parar ao hospital e internar.
Quando saiu do hospital, movida pela necessidade de sustentar o filho, não viu alternativa senão ser levadora de carro. Um dia indagada por um taxista, senão sabia fazer outra coisa que não fosse lavar carros, Isabel foi desafiada a ser cobradora de táxi.
‘Nesse dia, trabalhamos das 16 horas às 20, tendo conseguido somar 16 mil kwanzas, um valor muito acima das expectativas do taxista, isso porque era o dinheiro que o cobrador que trabalhava com ele entregava todos os dias, das 6 às 20 horas. Gostou de trabalhar comigo, convidou-me a ficar e durante cerca de um ano fui cobradora de táxi. As principais rotas que fazia era Gamek, Vila, Golfe 2 e Aeroporto’, lembra.
Experiência musical
Por fazer parte da Igreja Metodista, aos 8 anos de idade por iniciativa da sua mãe ofereceu-lhe uma composição de sua autoria e pediu-a que interpretasse. O momento foi tão emocionante que os mais velhos que a ouviram, comoveram-se e instantes depois sinais de lágrimas eram visíveis nos seus rostos. Inocente, não percebeu e pôs-se também aos choros.
Apesar das vicissitudes porque passou, o bichinho da música sempre ia correndo-lhe pelas veias. Foi assim que conhece o músico e compositor Paulo Matomina em 2008, e com ele fica a trabalhar até 2010 interruptamente, fazendo coros das suas composições bem como a aprender técnicas de voz e canto.
Daí começa a trajectória desta jovem artista que sequer firmar no mercado angolano pelo seu talento e pela vontade de contribuir para o engrandecimento da cultura angolana por via da música.