Por: Stella Cortêz
Revisão: Canga Tomás
Com mais de 30 anos de carreira no mundo do jornalismo, Carla Cristina Gonçalves Ornelas de Castro, uma das vozes do programa “Magazine da Manhã”, da Rádio Nacional de Angola, disse, em entrevista cedida ao Platinaline, sobre o quão feliz se sentiu ao ser homenageada na nona edição dos prémios Divas Angola.
“Primeiro, foi uma grande surpresa para mim estar a assistir a um evento e, de repente, os apresentadores começam a fala de alguém que vai ser homenageada e essa pessoa era eu que estava lá como uma simples espectadora de um espectáculo em que nunca foi nomeada nas edições passadas. Uma homenagem é sempre algo que nos engrandece, algo que nos dá força, pois valoriza o nosso trabalho! São largos anos de empenho, a trabalhar com paixão e a gostar exactamente daquilo que se faz,” disse Carla Castro.
A radialista realçou ainda que uma distinção é sinónimo de engrandecimento e isso faz-lhe ver que, afinal, não foi em vão toda a dedicação com que faz o seu trabalho, razão pela qual tal distância a satisfaz e deixa feliz, pois se sente honrada pelo carinho que recebe do público e pela notoriedade do seu trabalho.
Questionada sobre a representatividade que tem a realização da gala Divas Angola para as mulheres da nossa sociedade, Carla Castro respondeu: “olha, as mulheres, não só de Angola, mas de muitos outros países, têm lutado muito para fazer valer os seus direitos e para se notabilizarem em várias áreas de trabalho. Mesmo apesar da sua meritocracia e das suas qualidades, são muitas vezes preteridas por homens e, mesmo nessa luta, nós precisamos de dar a conhecer cá no nosso país que existem muitas mulheres a fazer algo por essa Angola, pela sociedade e pela sua pátria. Estão aí várias figuras e muitas delas anónimas a precisar de que realmente as pessoas tomem conhecimento dos seus feitos e o Divas Angola é exactamente um deles. Temos o exemplo de uma professora que faz o seu trabalho com muita paixão e dedicação num ponto do país e noutro ponto não é conhecida; de uma médica que vem lutando há 11 anos para a criação de um banco de leite materno humano e, como elas, existem tantas outras pessoas que posso não conhecer. Essas conquistas e lutas são necessárias e devem ser conhecidas”, finalizou Carla.