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    Carlos Morais tenciona ver os seus filhos no desporto

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    “É essa educação que quero para os meus filhos”
    O astro do basquetebol angolano, Carlos Morais,  é pai de Caio de 9 anos de idade e Victória de 5 anos de idade. Durante a entrevista de perfil, cedida ao PLATINALINE, Carlos Morais ressaltou a importância da prática desportiva na vida humana e revelou que gostaria que os seus filhos praticassem  desporto.
    “O desporto é bastante importante no desenvolvimento do homem. Melhora a saúde, ajuda a desenvolver auto-confiança, habilidades de liderança, ajuda a perceber que o mundo não gira em torno exclusivamente de nós, ajuda a saber trabalhar em equipa, ajuda a ser disciplinado, a saber partilhar, enfim.”
    Na sequência, o jogador salientou que está aqui para ajudar e apoiar, porém os filhos têm o livre-arbítrio de escolherem a modalidade desportiva.
    Vale lembrar que, Carlos Morais é filho de um basquetebolista e é irmão de Bráulio Morais, também basquetebolista. E actualmente, o filho mais velho do jogador, Caio Morais, já tem dado os primeiros passos no desporto, propriamente no futebol.
    PL: Para quem não conhece, quem é o Carlos Morais?
    Carlos: O Carlos Morais é uma pessoa normal, como outra qualquer. Muito sonhador, sempre preocupado em melhorar e desenvolver.
    PL: Onde cresceu?
    Carlos: Cresci em Luanda nas Ingombotas e tive uma infância normal, saudável e dentro do seio familiar.
    PL: Ainda mantém o laço de amizade com os seus amigos de infância?
    Carlos: Infelizmente perdi o contacto com a maioria. A vida levou- nos para caminhos diferentes, mas ainda assim há alguns com quem ainda tenho contacto.
    PL: Sempre foi um menino estudioso?
    Carlos: Sim, a minha mãe foi professora na primária, então não havia como não ser bom aluno e estudioso (risos).
    PL: Foi um adolescente regrado, obediente, ou foi mal influenciado pelos amigos e colegas?
    Carlos: Tive os meus momentos de loucura (risos), em que fugia de casa para ir brincar na rua com desconhecidos. Quando comecei a ganhar gosto pelo basquetebol também baldava a escola para ir jogar na rua, mas felizmente sempre tive bons amigos e eles mesmo queixaram à minha mãe, que logo me colocou na linha, heheh!
    PL: Ainda no seu anonimato, qual é a situação mais difícil que já viveu?
    Carlos: Uma das situações mais difíceis, creio que foi quando comecei a jogar, o meu treinador disse-me que tinha escolhido o desporto errado e que devia tentar no futebol, andebol ou no boxe. Ele achava que não tinha qualidade para jogar basquetebol. Lembro-me como se fosse hoje, por isso digo que sou a prova de que ninguém pode dizer que não podemos fazer algo que acreditamos.
    PL: Quem incentivou a entrar para o desporto?
    Carlos: Para além do meu pai ter sido jogador de basquetebol, fui incentivado por um amigo. Ele já treinava no Petro e um dia resolvi acompanhá-lo nos treinos, e depois comecei a treinar também. Tempo depois ele desistiu e continuo até hoje. Mas antes disso já jogava na rua.
    PL: Na altura, sempre recebeu o apoio da família?
    Carlos: No início não foi fácil, a aceitação demorou mas com o tempo eu a conquistei. Tanto no basquete de rua, como no federado.
    A minha mãe nem sempre apoiou porque no princípio eu faltava na escola para poder jogar e naquela altura nem eu mesmo sabia que tinha talento para jogar. Quando começamos a perceber que afinal tinha jeito, tive o suporte da família sempre, desde que soubesse conciliar com os estudos.
    PL: Quais são as maiores dificuldades que já passou enquanto atleta?
    Carlos: Tive algumas dificuldades no início, para além de não ter grande aceitação por parte dos mais velhos com quem jogava, talvez por ser muito baixo ou por ter uma personalidade diferente, porque sempre fui muito “na minha zona”. Houve uma altura em que não tinha sapatilhas para jogar. Não tinha grandes condições e tinha o pé muito grande para a minha idade, então tinha que esperar que os jogadores da equipa sénior nos doassem as sapatilhas antigas para ter o que calçar para jogar. Só que na maior parte das vezes, as sapatilhas que vinham já estavam estragadas e eu tinha que as calçar por não ter outra opção.
    PL: Actualmente, qual é a análise que faz a nível do desenvolvimento do desporto angolano?
    Carlos: Acho o desenvolvimento do desporto angolano muito lento e limitado. Temos bons atletas por natureza, existe força de vontade, mas em termos institucionais e a própria organização em si, poderíamos estar num nível muito melhor.
    PL: Fora o desporto, gostaria de se profissionalizar em outras áreas?
    Carlos: Eu gosto de música, é uma das áreas que acho que se não fosse desportista de alguma forma estaria ligado.
    Por outro lado acho que todo angolano por natureza tem um espírito empreendedor. É dessa forma que ao longo de décadas muitas famílias vão se mantendo fora das suas ocupações profissionais. Para o futuro, este é um ramo onde com certeza vou apostar mais forte.
    PL: Qual foi a sua maior decepção? Por quê?
    Carlos: Graças a Deus nunca tive grandes decepções. Não sou uma pessoa que põe grandes expectativas nas coisas ou nas pessoas. Gosto de viver as emoções tal como elas vêm. Dessa forma, quando algo dá errado a decepção nunca é muito grande.
    PL: Qual foi a sua maior alegria? Por quê?
    Carlos: Minha maior alegria são os meus filhos, a minha família. Eles são o que de mais precioso tenho na vida.
    PL: O que jamais faria a uma pessoa?
    Carlos: Hum, acho que não faria mal a ninguém para benefício próprio. Gosto de conquistar as minhas coisas por mim mesmo.
    PL: Se lhe dessem plenos poderes, o que faria para mudar o mundo? Por quê?
    Carlos: Acredito que as pessoas têm sempre que ser elas mesmas. Não acredito em padrões definidos pela sociedade. Por isso acho que não poderia mudar o mundo, ainda que tivesse esse poder (risos).
    PL: Com quantos anos pretende abandonar o desporto?
    Carlos: Não tenho meta para abandonar o desporto, fisicamente sinto-me perfeitamente bem. Mentalmente, preciso continuar a estabelecer metas e desafios e dessa forma ir me superando. Enquanto tiver motivação para jogar, vou continuar!
    PL: Como é que se vê daqui a cinco anos no desporto?
    Carlos: Daqui a cinco anos não sei se estarei no desporto (risos), mas gostaria de poder continuar a preencher o meu legado para que quando já não estiver activo, outros se possam inspirar por tudo que fiz e faço pelo basquetebol. E se Deus quiser, ajudar as futuras gerações a serem melhores.
    PL: Deseja ver os seus filhos a seguirem os seus passos?
    Carlos: Quero que os meus filhos façam desporto. O desporto é bastante importante no desenvolvimento do homem. Melhora a saúde, ajuda a desenvolver auto-confiança, habilidades de liderança, ajuda a perceber que o mundo não gira em torno exclusivamente de nós, ajuda a saber trabalhar em equipa, ajuda a ser disciplinado, a saber partilhar, enfim… É essa educação que quero para os meus filhos.
    A modalidade será por escolha deles, eu só estou aqui para ajudar e apoiá-los nos sonhos deles.
    Por: Arieth Silva
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