A Polícia do Ghana suspeita que um cidadão da Nigéria ainda não identificado seja o autor da tentativa de assassinato de que foi vítima, na tarde de segunda-feira, a estudante angolana Valdezina Contreiras, que está fora de perigo, segundo o seu pai declarou ontem ao Jornal de Angola, a partir daquele país. De 23 anos, Valdezina Contreiras, que frequenta na cidade de Kumasi o quarto ano do curso de Medicina, foi esfaqueada três vezes no abdómen, até ao ponto dos órgãos internos ficarem à mostra.
Segundo o pai da vítima, tudo aconteceu quando a jovem se encontrava a estudar sozinha no quarto, que divide com uma colega ghanense, quando ouviu que alguém batia e forçava a porta.
“Assim que entrou, o indivíduo começou logo a esfaquear a minha filha”, conta, ainda emocionado, Osvaldino Contreiras, adiantando que o assaltante roubou um computador portátil e o telemóvel da vítima, que gritava por socorro.
“A minha filha foi atingida com golpes de faca no braço e na barriga, mais exactamente na zona do abdómen, o que causou a saída dos intestinos para fora”, contou.
A operação a que a jovem foi submetida, de acordo com o pai, “foi bem sucedida”, embora ela não consiga ainda falar em condições ou durante mais de um minuto, porque perde o fôlego. “Estamos à espera que recupere para que o suspeito seja identificado através de fotografias que só a Valdeniza pode reconhecer”, disse o pai da jovem, um funcionário sénior da Embaixada de Angola na Nigéria.
Além de Valdezina Contreiras, que é bolseira do Instituto Nacional de Bolsas de Estudos (INABE), estudam na Universidade de Ciências e Tecnologia de Kumuasi mais sete angolanas, uma das quais sua irmã.
Segundo Osvaldino Contreiras, nunca houve registo de casos de tentativa de assassinato no interior da universidade.
Os únicos crimes que acontecem são apenas roubos e outras acções menos graves. A estudante angolana continua internada no hospital pertencente à instituição académica.
com Jornal de Angola