Por: Stella Cortêz
“Agora a Yelissa pode repousar sossegada”
Dois anos após o crime que vitimou Yelissa Leite Mendes, finalista do curso de Literatura Inglesa pelo Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) e professora de inglês, familiares da mesma sentem-se satisfeitos com a condenação de Rui Filipe de Coelho, de 29 anos de idade, acusado de assassinar a ex-namorada pelo Tribunal Provincial do Huambo, e condenado à pena máxima de 24 anos de prisão, numa sentença que foi lida nesta quarta-feira pelo juíz presidente da causa Sabino Capitão Mor.
O arguido foi igualmente condenado a 6 meses de prisão e o pagamento de uma multa de um mês a razão diária de 40 kwanzas pela prática do crime de danos voluntários não previstos especialmente. De acordo com o juíz presidente da causa, o dolo é intenso nos dois crimes, e o grau de culpa é elevado, lembrando que a medida da pena não pode ultrapassar a medida da culpa.
Ao PLATINALINE, um familiar de Yelissa Leite manifestou a sua alegria pelo cumprimento da justiça, apesar do tempo que levou, os esforços não foram em vão, pois, a batalha foi vencida.
“Agora a Yelissa pode repousar sossegada, a justiça divina seria feita, mas a do homem também foi feita graças a Deus. Esta é uma dor que nunca será apagada, independentemente de qualquer resultado, a dor nunca vai desaparecer, a Yelissa não voltará. Todavia, só de sabermos que agora o criminoso que a tirou do nosso seio também terá a sua vida perdida praticamente, porque é jovem e quando sair já estará a entrar para a terceira idade, a nós isso já nos conforta”, disse
O réu foi ainda condenado a pagar 200 mil kwanzas de taxa de justiça, 1 milhão e 300 mil kwanzas de indemnização ao proprietário da viatura ou a quem se achar no direito a ela, pelos danos materiais decorrentes do crime de danos voluntários. 2 milhões de kwanzas de indemnização a título compensatório aos familiares da vítima decorrentes dos danos morais da prática do crime de homicídio qualificado.
Rui Filipe de Coelho, de 29 anos de idade, é acusado de ter executado o crime de homicídio qualificado, concorrido de estrangulamento e abuso sexual, de forma premeditada, livre e consciente.