Para além de apresentadora, Dina Simão também é uma grande estilista angolana que começou a sua carreira desde muito cedo, onde já ganhou vários prémios.
Depois de ter uma carreira de sucessos durante vários anos no mundo da cultura, Dina Simão decide, no final dos anos 90, tirar um curso superior e licenciou-se em Gestão do Desenvolvimento e Cooperação Internacional, pela Universidade Moderna em Portugal.
Em 2007 esteve no 1º lugar do Festival Moda Lusófona na Aula Mágna-Lisboa-Angola África Fashion. Em 2008 foi premiada como a melhor estilista clássica da diáspora, na Gala Port´s África e em 2010 ganhou o prêmio de “Melhor Criadora do Ano” na 13ª edição do Moda Luanda.
Em entrevista ao Portal Platina Line a estilista diz que surgiu na moda com vontade de reivindicação social, aos 13 anos inscreveu-se numa escola de manequim, onde fez um curso como modelo de passarelle e foi a melhor classificada, mas, apesar de ter um curso com nota máxima não conseguiu ter sucesso no mundo da moda por ser negra, porque na altura em Lisboa havia muito racismo.
“Se os estilistas punham-me de parte por eu ser negra. Se todo mundo crítica por causa da minha cor e ninguém contesta o meu profissionalismo e a minha atitude como manequim de passarelle, se eu for estilista eu vou estar no lugar destes senhores e serei eu a decidir isso” disse Dina Simão explicando o motivo que a levou ser estilista.
Foi desde então que Dina decidiu fazer um curso de corte e costura e depois aperfeiçoar fazendo um curso de estilista, para poder valorizar a mulher negra independentemente da sua religião, do seu crédito, da sua cor da pele e tentava por nas passarelles apenas beleza humana. Nos anos 80, o papel de Dina Simão na moda como uma estilista, tornou-á na primeira estilista que punha panos africanos e negras nas passarelles, tudo isso na diáspora.
Texto: Iraneth Cruz