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    Don Kikas canta sucessos em duas noites de concerto

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    Na primeira das duas noites da quinta temporada do projecto cultural Show do Mês, da produtora Nova Energia, o músico e compositor angolano Don Kikas sobe hoje, às 21h00, ao palco do anfiteatro do Royal Plaza Hotel, em Talatona, para satisfação dos fãs, que reencontram o seu ídolo.

    Autor de sucessos como “Sexy Baby”, “Na Lama do Amor” e “Esperança Moribunda”, eleita música do ano na galardoação da Rádio Luanda de 1997, Emílio Camilo da Costa, natural do Sumbe, criado no Prenda, popular bairro de Luanda, viaja pelo seu vasto reportório, recheado de temas que guardam vivências das duas últimas décadas da história de Angola.
    Elogiado pelo talento forjado ainda muito novo, com a participação em concursos infantis, Don Kikas é também lembrado como o artista “bem parecido”. Surgiu para a apreciação do grande público nas vestes de galã recém-saído da adolescência, de bom porte atlético, muito aplaudido sobretudo por mulheres.
    “Meu lago já secou/ porque você não desagua em mim/ na lama do amor/ morro de sede, frio e dor…”, assim cantou o músico, que a partir de Portugal tocou os corações dos angolanos. Em “Esperança Moribunda”, deixou uma mensagem a apelar à reflexão, porque o povo estava cansado de sofrer: “Deus nos deu uma terra linda/ rica e bonita demais/ e também nos deu a guerra/ ambição e muito mais”.
    Desafiado pela Nova Energia a assumir o cartaz da quarta estação do ano do conceito intimista, que na quinta temporada já brindou os “showistas” com as presenças memoráveis de Elias dya Kimuezo “O Rei”, Paulo Flores e Mito Gaspar, Don Kikas ensaiou durante duas semanas, para hoje e amanhã fazer igual ao registado nos discos “Sexy Baby”, “Viagem”, “Xeque Mate”, “Raio X”, “Pura Sedução” e “Regresso à Base”.
    Cuidar da voz foi uma das preocupações do artista, que chegou a ser poupado, nalguns ensaios, pelos exigentes instrumentistas e músicos que formam à Banda Show do Mês, cuja imagem de marca é o rigor na execução das canções, à semelhança da pontualidade no início do espectáculo e o carinho dedicado aos frequentadores do Royal Plaza.

    Semba e kizomba
    Influenciado pela música de matriz urbana de Angola, sobretudo de Luanda, Don Kikas tem como temática, nas suas composições, a crítica social, com o retrato de factos do quotidiano, e o amor, muitas vezes centrado em paixões ardentes ou sentimentos e desejos não correspondidos.
    Surgido à apreciação do grande público, na segunda metade da década de 1990, altura em que os músicos angolanos procuravam impor-se diante do domínio avassalador dos colegas cabo-verdianos, Emílio Camilo fez das influências da “revolução” iniciada antes por Eduardo Paím, RucaVan-Dúnem, Paulo Flores, Ricardo Abreu e Luandino Carvalho, também a partir de Portugal, suporte para o seu percurso de sucesso.
    Em Lisboa e Luanda, discotecas e estações de rádio foram tomadas pelo perfume da musicalidade de Don Kikas, numa proposta dançante muito apreciada em ambas as capitais. Assim, em kimbundu e português, brindou os fãs, depois de algum tempo de ausência, com a história do “João de Deus”, o “professor engatatão”, que misturou o trabalho com o prazer, a ponto de engravidar a aluna.
    Na mesma cadência, sempre no compasso do semba, com a distinta presença de Barceló de Carvalho “Bonga”, fez estoirar “1900 e Kabuza”, uma narrativa a retratar os expedientes usados por muitos jovens, que, para fugir do cumprimento do serviço militar, cortaram a idade, a ponto de se tornarem mais novos dos irmãos que puxaram.
    “Esperança Moribunda”, da obra “Pura Sedução” de 1997, é sem dúvidas uma das músicas de maior aceitação junto do público que acompanha a carreira do compositor em Angola, pelo que fica aqui um trecho da canção transformada em clamor: “Que ainda há/ para sofrer/ isso já nos deu para ver/ sou não dá para entender/ as controvérsias da vida/ já não dá para esperar/ pelos milagres de Deus/ minha terra/ tão bonita/ cheia de melancolia/ esse nosso sonho moribundo/ que vagueia o mundo/ nossa ilusão/ a nossa terra/ nosso choro profundo/ já não dá mais/ a vida lá na dama/ lá pior/ a vida lá não dá o seu melhor (…).”

    Platinaline/Jornal de Angola

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