Por: Hélio Cristóvão
Por ocasião da visita guiada pelo Ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu com a imprensa ao novo Complexo Aeroportuário Dr. António Agostinho Neto, o economista angolano Carlos Rosado de Carvalho mostrou-se impressionado com a infra-estrutura, tendo considerado estar ao nível dos melhores aeroportos internacionais, porém, considerou ser uma infra-estrutura sobredimencionada.
O especialista comentou que o novo aeroporto é demasiado grande em relação ao que é esperado ou necessário, e que vai custar muito dinheiro aos angolanos nos próximos tempos.
“(…)O problema é que este aeroporto é projectado para quinze milhões de pessoas (por ano) mas nós não estamos a transportar, sequer, dois milhões de pessoas (por ano), portanto, isto é um aeoporto sobredimensionado e que vai custar muito dinheiro aos angolanos nos próximos tempos, eu diria, um pouco, luxo na miséria”.
Ao longo da entrevista, Carlos Rosado sublinhou que havia asseguramento, de formas muito mais económicas para os angolanos construirem esse aeroporto, nomeadamente por fases e que não se justifica, por agora, um aeroporto de mais de cinco milhões de passageiros.
“Enquanto não tivermos os passageiros, tem que haver manutenção, portanto, nós vemos o que é que se passa nos nossos aeroportos domésticos, coisas muito mais pequenas, aeroportos muito mais pequenos, que só têm um ou dois voos por dia, a manutenção não é feita, como é que vai ser feita neste gigante? Esse é o grande desafio. O desafio não foi chegar aqui, é depois disto estar concluído”, terminou.