Decorreu hoje, 25 de Novembro, no Hotel Epic Sana, em Luanda, a “Primeira Conferência Internacional sobre História de Angola”, sob o lema: “A Nação e o Nacionalismo dos séculos XIX e XX”, uma iniciativa do Jornal Cultura, título das Edições Novembro.
O certame, que contou com o discurso de abertura do Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, teve como prelectores os historiadores Alberto Pinto, Carlos Serrano, Dinis Kebanguilako e Rosa Cruz e Silva, que abordaram sobre o “Imaginário Cultural do Nacionalismo e as Retóricas Coloniais”, “O Proto-nacionalismo nos Periódicos da Época”, “a Formação da Nação Angolana na Era do Nacionalismo Moderno e sobre o ensino da história do Nacionalismo angolano na Graduação”.
A historiadora e professora angolana Rosa Cruz e Silva, convidada a abordar o “Proto-nacionalismo nos jornais dos séculos XIX e XX” na primeira Conferência Internacional de História de Angola garante em entrevista que intelectuais do Século XIX já concebiam ideias nacionalistas.
“Portanto, o Século XIX é um período em que nós conseguimos perceber a ligação entre estes intelectuais e as chefias políticas africanas, sejam as dos Dembos, do espaço que foi o antigo Reino do Ndongo, etc. Estes intelectuais falam mesmo de contextos políticos muito para além dos Dembos e do Ndongo, falam mesmo do Bié, da soma Ekwikwi, que na época não estavam sob domínio português”, frisou.
“No meu texto “O nacionalismo angolano, um projecto em construção no Século XIX?” eu chego à conclusão que são estes intelectuais do Século XIX que são os mentores das ideias da formação da nação. Portanto, eles reivindicam espaços, territórios, não só os que estavam sob domínio colonial, mas pela história eles fazem apelo a figuras de territórios que não estavam ainda sob domínio colonial”, disse.
De frisar que o evento contou com a presença de estudantes, jornalistas, professores e outras individualidades.
Por: Livano Domingos.