Por: Hélio Cristóvão
Convidada pelo PLATINALINE a fazer uma abordagem sobre o início da sua carreira musical e avaliar o mercado do Rap, do ponto de vista evolutivo, Elisabeth Ventura ou simplesmente “Lira”, revelou ter recebido apoio moral de algumas pessoas que acreditaram em primeira instância no seu potencial artístico, facto que, segundo a mesma, jamais poderá retribuir.
A rapper contou que não foi uma tarefa fácil conquistar o mercado, pois no início da sua empreitada, quando poucas pessoas acreditavam em si, Gui Mc foi a pessoa que mais a apoiou durante a fase das suas lutas para atingir o mercado. “Foi difícil, desde o início, sempre vi-me como uma artista de Rap, porém não limitada”, disse.
A artista relatou, ainda, que foi o promotor de eventos Hélio Santos, mais conhecido por Tri-Chu, quem a abriu portas para o mercado musical. “É como um pai para mim, sem ele, seria mais difícil chegar ou conquistar o meu espaço, foi inclusive ele quem falou com o Republicano sobre mim.” Revelou.
Questionada sobre a aparição do também rapper Cage One na sua carreira, Lira respondeu que Cage surgiu na fase final do& Team do Sonho. “No princípio, ele via-me como só mais uma rapper, mas quando lhe mostrei o meu potencial artístico de forma bruta, ele viu que eu podia chegar mais além.”
Sobre a sua visão relativamente ao actual estado do Rap, sobretudo da new school, a autora do single “Tampa da minha panela” frisou que a nova escola tem mostrado muitos bons trabalhos, porém ela e Cage One são os melhores rappers de Angola. “Eu sou a melhor rapper feminina e o Cage é o melhor rapper masculino desse game”. Disse.
Se é pelo característico “ego” dos rappers ou não, o facto é que a artista citou uma série de qualidades que apenas vê em si e no Cage. “O mercado tem muito bons rappers, alguns consideram-se os melhores, mas não são. Existem bons freestaleiros, punchilineiros, mas mais do que isso, um bom rapper tem que ser completo em todas as áreas e transmitir musicalidade nas letras, eu e o Cage somos.” Finalizou.