Tendo em consideração o grande dia de amanhã, por muitos tido até como a grande a festa da democracia, os jovens da Banda com o auxílio da Platina line, tomou a iniciativa de ter uma “pequena conversa” com membros activos dos principais políticos do nosso País. Da CASA-CE disponibilizou-se o senhor Alcides Aguiar, secretário executivo nacional da Juventude Patriótica de Angola. Da UNITA Adriano Sapiñala, candidato a deputado por esta mesma instituição e do MPLA, trouxemos uma entrevista recente do Ministro Bornito de Sousa, cedida ao Novo Jornal ( valhe salientar que decido aos temas abordados nesta mesma entrevista, achou-se melhor não fazer outra). A ideia é ajudar a nossa juventude a “tentar” perceber melhor, o que estes partidos apresentam para construir uma Angola melhor. O voto é só um por isso, vote com consciência e responsabilidade.
Jdb- A começar, como jovem digo-lhe que a minha geração é pro-mudança, muitos não vivemos directamente os malefícios da guerra por isso o que nos importa é agua, luz, infra-estruturas, etc. Mas alguns intelectuais têm trago a tona comparações entre a actual campanhá eleitoral com a de 1992, falando mesmo de um possível desfecho semelhante. O que o Sr tem a dizer com relação a isso?
Adriano Sapiñala- Não tem como a situação actual seja comparada a de 1992, porque naquela altura tentou-se ir as eleições mas tínhamos 2 exércitos o pais e hoje só existem as FAA
nao há condições de as FAA fazerem guerra com elas mesmas tudo isso e só truque psicológico para deixar as pessoas confusas
se haver alguma ousa neste sentido vai ser só matanças que JES pode fazer e não guerra
A campanha deste ano entendo-a como uma campanha “sus-generis” em que há características próprias. A de 1992 não a acompanhei porque era ainda um moleque.
A de 2008 foi menos interessante que esta porque a de 2008 o M já tinha certeza que tinha feito bem o trabalho de casa e esta até o próprio JES sabe que alguma coisa pode lhe escapar de um ponto qualquer.
Jdb- Já a um dia de votar, será que ainda são verídicos o que se ouve dizer quanto ao facto da UNITA não aceitar concorrer as eleições e se sim, porque o partido tem continuando a fazer campanha País afora?
Adriano Sapiñala- A UNITA nunca disse que não concorreria as eleições deste ano pelo que não e verdade quando se diz isso.
a UNITA só quer que a lei seja cumprida só isso
Jdb- O Sr não acha que a oposição Angolana tem perdido mais tempo atacando o governo actual do que mostrando novos planos?
A.S-A oposição em toda parte do mundo numa fase como essa deve sim atacar os erros do governo para encontrar espaço de actuação das suas propostas.
neste sentido acho que a oposição tem se batido bem
Jdb- Alguns membros da UNITA abandonaram este partido para aderir a CASA, alegando “insatisfação”, que efeito isto teve para o seu partido de um modo geral?
A.S- Se as pessoas forem sinceras entenderão que a casa-cê tirou mais gente do M que da UNITA, ate porque a campanha provou mesmo que os militantes da UNITA estão aí e a casa não prejudicou algo relevante, antes pelo contrario a UNITA tem crescido bastante nos últimos tempos
e ainda neste particular conto com o seu voto nestas eleições, empreste-nos só sua confiança deta vez que Angola precisa mesmo de mudança e de momento só a UNITA pode garantir isso.
Jdb- Quais são os projectos eleitorais do seu partido para Angola, e em especial, para os jovens?
A.S- Quanto a esta questão se permitires lhe faria chegar o nosso manifesto eleitoral para entenderes melhor a nossa visão para o pais.
Jdb- Acredita que haja intolerância política em Angola e que isso tem afectado a mentalidade dos jovens?
A.S- Não só acredito como tenho vivdo essa tal de intolerância política e isto tem afectado sim a mentalidade dos jovens.
Jdb- Estava a ver o tempo de antena da U pela Ztv e ouvi o Sr. Fernando a dizer que o governo actual primeiro optou por uma economia comunista e o que existe hoje é um capitalismo selvagem :- É obvio que o capitalismo é a razão de muitos males. Isso sem dúvida alguma. Mas é também verdade que o capitalismo é a opç
ão escolhida pelas maiores economias do mundo. O que foi que eu deveria ter entendido, que a U vai acabar com o capitalismo em Angola? E se sim qual será a nossa próxima escolha? Voltar ao comunismo? Mas com o Comunismo qual será o nosso fim, teremos de abdicar-nos dos nossos bens para dividir tudo com os demais, juntamente com as coisas que nos tornam diferentes?
Qual é a solução Sr. Adriano??? Qual é a alternativa para o capitalismo selvagem?
A.S-Ora bem a UNITA não vai mudar o sistema económico vigente em Angola, até porque se quisermos entrar um pouco na história concluiremos que este sistema foi introduzido pela UNITA em Angola ja que o MPLA antes de 1991 foi comunista.
Em todo caso a UNITA modernizará este sistema cuja a paternidade é mesmo atribuida a ela e vai-se dar passos largos para o seu desenvolvimento.
Não somos contra Capitalismo.
Jdb-Como Sr Adriano?É impossivel n concordar que a individualização na economia é responsável pelo desenvolvido de países como os E.U.A. Afinal de contas, o ser humano é mesmo ambicioso….
A.S-Nós apostamos na economia de mercado como uma forma de se dar mais consistência na economia do país depois do comunismo e isso implica aceitar o capitalismo.
Jdb-Quanto a introducao do capitalismo em Angola. Com todo devido respeito Sr, Isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. O comunismo é o maior “fail” de todos os tempos…
A.S-Pois, quanto ao comunismo que se vivia se viria a terminar isso já ninguém pode dizer como tal, agora que a UNITA impôs isso ao MPLA em 1991 ai já não se consegue desmentir. Coisas da história, não se conseguem apagar.
Jdb-Também preocupa-nos o facto da U, falar muito da corrupção, da “gasosa”, e como o Sr bem sabe em Angola como em qualquer parte do mundo, isso existe sim. Será que com a UNITA no pode quem ocupa hoje ocupa um determinado cargo por influências, por mais que faça um bom trabalho, será destituído ou algo semelhante?
A.S- A UNITA contará com todos Angolanos ja empregados e fará tudo para que os que ainda se encontram desempregados possam ser empregados. Ninguém será dispedido no Governo da UNITA, até porque a UNITA pensa que Angola não tem motivos de ter gente em idade activa jogada no desemprego. Há muito trabalho por se fazer e isso precisa de empregar mais e mais, so que o Governo actual só dá estas vagas a Chineses e outros povos que lhes interesse em detrimento do Angolano. Isso doí-me a alma.
Jdb- A UNITA que já tem fama de tribalista o que é preocupante, muito recentemente chocou alguns com declarações “incendiárias” do general Numa, contra a presença de saotomenses, cabo-verdianos, crioulos e judeus, o que tem a dizer sobre isso?
A.S-Isso não é tribalismo minha cara Mila. o Gen Numa levantou questões concretas que vivemos em Angola onde os estrangeiros são mais privilegiados do que os próprios Angolanos e isso só acontece no nosso País Creio ser legítima a preocupação que o Gen ou melhor o Deputado Numa levantou sobre este aspecto que não precisa ser tratado com tabus.
Quanto ao tribalismo que se refere na UNITA é um falso problema até porque a UNITA tem na sua direcção todas sensibilidades tribais representadas e isso so foi levantado como uma política que o MPLA utilizou para conotar a UNITA com tribalismo, pelo que o fundo disto é mero preconceito e nada mais. A UNITA entendeu e é sensivel a pluralidade, cultural, étnica, tribal, racial e social de Angola pelo que nunca cairia neste erro, porque ao contrário dos outros que dizem que Angola é uma só nação, nós entendemos que Angola é o conjunto de várias nações.
Jdb-O sr foi militar e por isso talvez tenha uma tolerância fora de serie mas há quem diga que não existem grandes diferenças entre o M e U, que são faces da mesma moeda. O que tem a dizer sobre isso?
Eu respeito sua opinião, mas a UNITA é diferente do MPLA, isso garanto-te
por outra dê uma chance a UNITA que verás muita coisa diferente do que se diz dela entendi o que ias dizer querida. Eu acredito no projecto da UNITA e recomendo mais alguma investigação sobre ela, no final entenderás o porquê da seriedade em apostar nela, mas, já que isso leva algum tempo, de momento so lhe peço mesmo o seu voto que valerá em muito para Angola pela qual lutamos até hoje, que seja mãe de todos seus filhos. Eu fui sim militar e na verdade aprendi muito nesta vida, por isso primo pelo respeito a vida e a cada ser humano.