O Tribunal de Luanda condenou quinta-feira o ex-responsável da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola, bispo Nonorilton Gonçalves a três anos de prisão, de pena suspensa, pelo crime de violência física e psicológica, enquanto os restantes arguidos foram absolvidos.
O ex-líder Honorilton Gonçalves, actualmente no Brasil, e outros três coarguidos – o bispo angolano António Ferraz, o pastor brasileiro Fernandes Teixeira e o pastor angolano Belo Kifua – eram acusados de vários crimes, incluindo associação criminosa, branqueamento de capitais e violência doméstica, num julgamento que teve início em 18 de Novembro de 2021.
Honorilton Gonçalves foi condenado pelos crimes de violência física e psicológica, ficando a pena suspensa por dois anos, e terá de pagar indemnizações de 30 e 15 milhões de kwanzas a dois ofendidos que foram submetidos a vasectomia.
Terá ainda de pagar uma taxa de justiça de 1,5 milhões de kwanzas, havendo lugar à restituição de todos os bens apreendidos e desbloqueamento de contas após o pagamento da indemnização aos ofendidos.
Os arguidos foram absolvidos dos restantes crimes: associação criminosa, branqueamento de capitais, burla por defraudação e expatriação ilícita de capitais, um crime que o tribunal deixou cair por se tratar de uma transgressão que compete ao Banco Nacional de Angola.